Projeto Resistência Democrática reúne formadores e formadoras sobre o MROSC
01 de fevereiro de 2018
“É muito importante dominar a lei, o gestor não pode pedir mais do que está nela”, ressalta Amauri Cruz, do Centro de Educação Popular do Camp (RS) e facilitador do Encontro Nacional de Formadoras e Formadores sobre o novo marco de acesso a recursos públicos pelas organizações da sociedade civil (OSCs) – Lei 13.019/2014. A formação aconteceu, em Salvador (BA), entre os dias 28 de janeiro e 1º de fevereiro.
O objetivo do encontro foi reunir pessoas que estejam realizando atividades de capacitação, divulgação e sistematização sobre o MROSC. Ao longo de cinco dias, refletiram sobre suas práticas, trocaram experiências, metodologias, dinâmicas e práticas didáticas, bem como, elaboraram estratégias comuns para fortalecer a implementação da Lei nos estados e municípios.



O Encontro faz parte do Projeto Sociedade Civil Construindo a Resistência Democrática, uma iniciativa da Abong, em parceria com suas associadas CAMP, CESE e CFEMEA, que visa ampliar a relevância, o reconhecimento e o impacto da atuação das OSCs no Brasil por meio de ações de incidência, formação, articulação e comunicação. “É muito importante ter o reconhecimento da União Europeia para um projeto que trabalha na defesa dos direitos dos movimentos sociais e fortalecimento da sociedade civil brasileira”, avalia Amauri.
Um exemplo de ação que está em curso, por exemplo, é uma iniciativa do Fórum das Organizações da Sociedade Civil de Gravatá (PE). “É um projeto não só de sensibilização da sociedade, mas de construção de alternativas. Em acordo com a Prefeitura e a Câmara, foi feito um aplicativo para fazer um abaixo assinado para fazer a lei do Marco Regulatório do município. É uma experiência muito positiva no município”, avalia o assessor de projetos e formação da CESE, José Carlos Zanetti. Este projeto foi um dos 15 selecionados na seleção de 2017, quando foram recebidas propostas dentro dos campos do Marco Regulatório; sustentabilidade financeira e política para a agenda contra a criminalização das OSCs e movimentos sociais; reforma do sistema político; e direitos sexuais e reprodutivos. A partir do ano que vem, mais 25 projetos serão selecionados.
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.
Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: COMUNHÃO! A CESE é uma Família. Repito: uma Família! Nos dois mandatos que estive como presidente da CESE pude experimentar a vivência fraterna e gostosa de uma equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé, histórias de vida, e tão unida pela harmonia criada pelo Espírito de Deus e pelo único desejo de SERVIR aos mais pobres e vulneráveis na conquista e defesa dos seus direitos fundamentais. Louvado seja Deus pelos 50 anos de COMUNHÃO e SERVIÇO da CESE! Gratidão por tudo e para sempre!
Eu acho extraordinário o trabalho da CESE, porque ela inaugurou outro tipo de ecumenismo. Não é algo que as igrejas discutem entre si, falam sobre suas doutrinas e chegam a uma convergência. A CESE faz um ecumenismo de serviço que é ecumenismo de missão, para servir aos pobres, servir seus direitos.
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.
A CESE completa 50 anos de testemunho de fé ativa no amor, faz jus ao seu nome. Desde o início, se colocou em defesa dos direitos humanos, denunciou atos de violência e de tortura, participou da discussão de grandes temas nacionais, apoiou movimentos sociais de libertação. Parabéns pela atuação profética, em prol da unidade e da cidadania. Que Deus continue a fazer da CESE uma benção para muitos.
A luta antirracista é o grande mote das nossas ações que tem um dos principais objetivos o enfrentamento ao racismo religioso e a violência, que tem sido crescente no estado do Maranhão. Por tanto, a parceria com a CESE nos proporciona a construção de estratégias políticas e de ações em redes, nos apoia na articulação com parcerias que de fato promovam incidência nas políticas públicas, proposições institucionais de enfrentamento a esse racismo religioso que tem gerado muita violência. A CESE nos desafia na superação do racismo institucional, como o grande vetor de inviabilização e da violência contra as religiões de matrizes africanas.