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Produzido pelo De Olho nos Ruralistas em parceria com a CESE, documentário conta a história de pessoas que vivem ameaçadas no Maranhão
19 de outubro de 2023
Equipe ouviu seis líderes entre as 114 testemunhas do Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos no Maranhão, o estado mais violento no campo brasileiro
O observatório De Olho nos Ruralistas lançou nesta quinta-feira (19) o documentário SOS Maranhão, produzido em parceria com a CESE. O média-metragem conta a história de seis pessoas que estão no Programa de Proteção a Defensores e Defensoras de Direitos Humanos do estado mais violento no campo brasileiro.
No vídeo, elas relatam o avanço do agronegócio e dos grandes empreendimentos logísticos sobre suas comunidades e falam sobre como é viver sob ameaça.
Ao todo, 114 pessoas estão ameaçadas de morte no Maranhão, incluindo também ambientalistas e camponeses. Entre 2011 e 2020, o estado registrou o maior número de conflitos no campo no país: 1.772 ocorrências, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT). Entre 2020 e 2022, 21 líderes foram assassinados e mais de 30 mil pessoas ameaçadas.
Entre as histórias contadas no filme, está a da Terra Indígena Arariboia, que desde 2000 teve 25 mil dos seus 413 mil hectares desmatados. Fazendeiros e madeireiros pressionam as divisas do território, onde vivem mais de 5 mil Guajajara, além dos indígenas isolados Awá-Guajá.
A comunidade do Cajueiro, em São Luís, e o quilombo de Santa Rosa dos Pretos, em Itapecuru-Mirim, sofrem a pressão dos grandes projetos como a ampliação do porto de São Luís, que a Cosan pretende retomar em 2024, e as obras de duplicação da BR-135, com obras anunciadas pelo governo federal.
Leia a reportagem complenta no site do De Olho nos Ruralistas.
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Ao longo desses 50 anos, fomos presenteadas pela presença da CESE em nossas comunidades. Nós somos testemunhas do quanto ela tem de companheirismo e solidariedade investidos em nossos territórios. E isso tem sido fundamental para que continuemos em luta e em defesa do nosso povo.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.
A CESE completa 50 anos de testemunho de fé ativa no amor, faz jus ao seu nome. Desde o início, se colocou em defesa dos direitos humanos, denunciou atos de violência e de tortura, participou da discussão de grandes temas nacionais, apoiou movimentos sociais de libertação. Parabéns pela atuação profética, em prol da unidade e da cidadania. Que Deus continue a fazer da CESE uma benção para muitos.
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.