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Plataforma MROSC/BA discute estratégias para o fortalecimento e monitoramento da implementação Lei
27 de julho de 2018



Nesta sexta-feira (27), a Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as Organizações Sociedade Civil do Estado da Bahia realizou uma reunião ordinária, com objetivo de construir estratégias para aperfeiçoar a implementação da Lei 13.019/2014 e fortalecer os espaços de monitoramento. O encontro aconteceu na sede da CESE e contou com diversas organizações sociais, entre elas: Elo- Ligação e Organização, Cáritas Brasileira Nordeste, OSC Legal, Odara – Instituto da Mulher Negra, Rede de Protagonistas em Ação de Itapagipe (Reprotai), Centro de Arte e Meio Ambiente (Cama) e Rede Cammpi.
A reunião começou com um apanhado histórico sobre as ações da plataforma, adesão e participação das organizações da sociedade civil nas reuniões, formação de multiplicadores, painéis itinerantes e a relação com o Poder Público e universidades. A retomada e a redefinição do Conselho Estadual de Fomento e Colaboração (CONFOCO) foi um dos pontos de destaques do debate, como um marco na caminhada que a Plataforma MROSC/BA e que não pode ser fragilizado no momento político de retrocessos de direitos.
Sobre a questão do CONFOCO, Lucas Seara, advogado e representante do projeto OSC Legal, afirma que participação das organizações é fundamental para o andamento das ações: “A plataforma deve ser o lugar para canalizar que os representantes do Conselho tenham força e voz. Precisamos estar juntos para fortalecer a luta.” Lucas citou a experiência do Estado de Minas Gerais, onde a sociedade civil se organizou e sugeriu a reedição do decreto de forma compartilhada. O que pode servir de exemplo no ponto que tange a minuta de um projeto de lei.
Eliana Rolemberg representante da CESE na Plataforma MROSC/BA e nos espaço de diálogo entre o governo e sociedade civil em relação ao Marco Regulatório, declara que reuniões como essas são importantes para provocar reflexões, capacitações e compromissos das Osc’s para que atuação na sociedade seja mais incisiva. E ressalta: “Devemos manter a pressão para questões que vão de encontro com a lei, ex: cobranças de taxas bancárias, os registros em cartório para as mudanças dos estatutos e também na impugnação dos editais.”.
Nos últimos anos, a Plataforma tem desempenhado um papel fundamental na consolidação de espaços de reflexão e articulação na proposição de soluções para a promoção de um ambiente cada vez mais favorável de atuação para as organizações. A CESE é uma das organizações que contribuiu ativamente no processo de implementação do MROSC e da promoção, através do CONFOCO, da efetivação prática da Lei 13.019 no Estado da Bahia. Nesse sentido, Graça Rosana, também representante da organização, afirma: “Participamos desta reunião ordinária na perspectiva de colaborar na construção de estratégias para seguir aperfeiçoando o MROSC e monitorar os desafios da sua implementação na Bahia.”.
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.
A CESE não está com a gente só subsidiando, mas estimulando e fortalecendo. São cinquenta anos possibilitando que as ditas minorias gritem; intervindo realmente para que a gente transforme esse país em um lugar mais igualitário e fraterno, em que a gente possa viver como nos quilombos: comunidades circulares, que cabe todo mundo, respirando liberdade e esperança. Parabéns, CESE. Axé e luz para nós!
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
Há muito a celebrar e agradecer! Nestes anos todos, a CESE tem sido uma parceira importantíssima dos movimentos e organizações populares e pastorais sociais. Em muitos casos, o seu apoio foi e é decisivo para a luta, para a vitória da vida. Faz as exigências necessárias para os projetos, mas não as burocratiza nem as excede. O espírito solidário e acolhedor de seus agentes e funcionários faz a diferença. O testemunho de verdadeiro ecumenismo é uma das suas marcas mais relevantes! Parabéns a todos e todas que fazem a CESE! Vida longa!
Ao longo desses 50 anos, fomos presenteadas pela presença da CESE em nossas comunidades. Nós somos testemunhas do quanto ela tem de companheirismo e solidariedade investidos em nossos territórios. E isso tem sido fundamental para que continuemos em luta e em defesa do nosso povo.
A luta antirracista é o grande mote das nossas ações que tem um dos principais objetivos o enfrentamento ao racismo religioso e a violência, que tem sido crescente no estado do Maranhão. Por tanto, a parceria com a CESE nos proporciona a construção de estratégias políticas e de ações em redes, nos apoia na articulação com parcerias que de fato promovam incidência nas políticas públicas, proposições institucionais de enfrentamento a esse racismo religioso que tem gerado muita violência. A CESE nos desafia na superação do racismo institucional, como o grande vetor de inviabilização e da violência contra as religiões de matrizes africanas.
A gente tem uma associação do meu povo, Karipuna, na Terra Indígena Uaçá. Por muito tempo a nossa organização ficou inadimplente, sem poder atuar com nosso povo. Mas, conseguimos acessar o recurso da CESE para fortalecer organização indígena e estruturar a associação e reorganizá-la. Hoje orgulhosamente e muito emocionada digo que fazemos a Assembleia do Povo Karipuna realizada por nós indígenas, gerindo nosso próprio recurso. Atualmente temos uma diretoria toda indígena, conseguimos captar recursos e acessar outros projetos. E isso tudo só foi possível por causa da parceria com a CESE.
Eu acho extraordinário o trabalho da CESE, porque ela inaugurou outro tipo de ecumenismo. Não é algo que as igrejas discutem entre si, falam sobre suas doutrinas e chegam a uma convergência. A CESE faz um ecumenismo de serviço que é ecumenismo de missão, para servir aos pobres, servir seus direitos.
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.
Conheço a CESE desde 1990, através da Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE) no apoio a grupos de juventude e de mulheres. Nesse sentido, foi uma organização absolutamente importante. E hoje, na função de diretor do Programa País da Heks no Brasil, poder apoiar os projetos da CESE é uma satisfação muito grande e um investimento que tenho certeza que é um dos melhores.