Nosso Amoroso Revolucionário!
06 de março de 2022
Há que endurecer sem perder a ternura jamais! Talvez a mais famosa frase de Che seja a que melhor defina a personalidade de Zanetti e expresse como ele encarava a vida e a luta! Nosso amigo lutador dos Direitos Humanos, nosso colega revolucionário, se encantou nos deixou sós.
Brincalhão e irreverente ele resolveu nos dar um baile em plena quarta-feira de cinzas. Como bom folião que era, não abria mão de sair no seu querido “Mudança do Garcia” para fazer o que mais sabia: Protestar. Nosso amado Zanetti partiu finalizando o carnaval.
Pelos corredores da CESE escutaremos sua gargalhada larga, sua alegria em receber as pessoas e sempre encontrar tempo para uma boa prosa na qual mesclava aspectos da vida cotidiana com análise de conjuntura. Militava apaixonado em defesa dos direitos humanos e da natureza com uma alegria contagiante.
A CESE, junto com tanta gente neste país que aprendeu a respeitá-lo, admirá-lo e amá-lo está profundamente abalada com a partida de um dos seus mais históricos colegas. Mesmo se afirmando um agnóstico, recorria aos profetas bíblicos para expressar sua indignação: “Ai daqueles que fazem leis injustas, que escrevem decretos opressores, para privar os pobres dos seus direitos e da justiça os oprimidos do meu povo”.
Sua militância apaixonada e ao mesmo tempo afetuosa em defesa dos Direitos Humanos nos inspirava. Aprenderemos, com sua aguçada e refinada sensibilidade, olhar a História com esperança de dias melhores, seremos fiéis a sua alegria e seremos eternos aprendizes da sua forma de resolver as questões mais difíceis com leveza e bom humor, mas com firmeza ao defender o que achava justo.
Neste momento particularmente difícil para o Brasil, com o esgarçamento acelerado de todos os direitos, as permanentes ameaças aos movimentos sociais e à própria democracia, desejamos que seu exemplo continue inspirando gerações, que sua trajetória seja alento para continuarmos acreditando que vale à pena lutar porque, amanhã, será outro dia!
Equipe CESE



VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: COMUNHÃO! A CESE é uma Família. Repito: uma Família! Nos dois mandatos que estive como presidente da CESE pude experimentar a vivência fraterna e gostosa de uma equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé, histórias de vida, e tão unida pela harmonia criada pelo Espírito de Deus e pelo único desejo de SERVIR aos mais pobres e vulneráveis na conquista e defesa dos seus direitos fundamentais. Louvado seja Deus pelos 50 anos de COMUNHÃO e SERVIÇO da CESE! Gratidão por tudo e para sempre!
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
Há muito a celebrar e agradecer! Nestes anos todos, a CESE tem sido uma parceira importantíssima dos movimentos e organizações populares e pastorais sociais. Em muitos casos, o seu apoio foi e é decisivo para a luta, para a vitória da vida. Faz as exigências necessárias para os projetos, mas não as burocratiza nem as excede. O espírito solidário e acolhedor de seus agentes e funcionários faz a diferença. O testemunho de verdadeiro ecumenismo é uma das suas marcas mais relevantes! Parabéns a todos e todas que fazem a CESE! Vida longa!
A CESE não está com a gente só subsidiando, mas estimulando e fortalecendo. São cinquenta anos possibilitando que as ditas minorias gritem; intervindo realmente para que a gente transforme esse país em um lugar mais igualitário e fraterno, em que a gente possa viver como nos quilombos: comunidades circulares, que cabe todo mundo, respirando liberdade e esperança. Parabéns, CESE. Axé e luz para nós!
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.
A família CESE também faz parte do movimento indígena. Compartilhamos das mesmas dores e alegrias, mas principalmente de uma mesma missão. É por um causa que estamos aqui. Fico muito feliz de poder compartilhar dessa emoção de conhecer essa equipe. Que venham mais 50 anos, mais pessoas comprometidas com esse espírito de igualdade, amor e fraternidade.
Ao longo desses 50 anos, fomos presenteadas pela presença da CESE em nossas comunidades. Nós somos testemunhas do quanto ela tem de companheirismo e solidariedade investidos em nossos territórios. E isso tem sido fundamental para que continuemos em luta e em defesa do nosso povo.