CESE inicia 2025 com Planejamento Anual e ciclo de formações
18 de fevereiro de 2025

A equipe executiva da CESE se reuniu, nos dias 6 e 7 de fevereiro, para construção coletiva do planejamento anual da organização. Foram 2 dias dedicados ao alinhamento dos compromissos institucionais e de projetos vigentes e a construção do cronograma de atividades 2025.
Além da agenda, a equipe participou de uma Oficina de Sensibilização sobre Povos Indígenas facilitada pelos/as jovens indígenas: Tifane Araújo, assessora de projetos e formação, Beatriz Tuxá, analista de comunicação, ambas da CESE, e
Antonio Marinho, jornalista e prestador de serviços de comunicação da CESE no âmbito do Projeto Dabucury, que atua em Manaus, na sede da COIAB.

Sustentabilidade financeira, a CESE na COP3, revisão dos grupos de trabalhos (GTs) e o Show “Música e Direitos Humanos”, foram alguns dos temas tratados no encontro.
FORMAÇÕES INTERNAs
Já entre os dias 10 e 12 de fevereiro, a equipe esteve reunida para um intenso ciclo de formações internas, revisitando as políticas institucionais pela Equidade de Gênero e de Justiça Socioambiental e Climática.
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No primeiro dia, aprofundamos o debate com Diosmar Filho, geógrafo da Associação de Pesquisa Iyaleta e doutorando em Geografia pela UFF (Universidade Federal Fluminense), refletindo sobre os desafios e caminhos para a construção de um futuro sustentável.
No segundo encontro, revisitamos nossa Política Institucional de Gênero com Analba Brazão (SOS Corpo, Rede de Mulheres Negras de Pernambuco) e Edcleide Rocha (Movimento de Mulheres Camponesas – MMC Alagoas), fortalecendo a luta feminista e a perspectiva interseccional em nossas ações.
Finalizamos a semana com um diálogo inspirador sobre Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso, conduzido pelas teólogas Sonia Mota, diretora executiva da CESE, e Bianca Daébs, assessora de projetos e formação, reforçando o papel da fé na luta por direitos e justiça.

A próxima formação será no dia 24 de fevereiro, sobre Equidade Racial.
Seguimos na caminhada, aprendendo e construindo coletivamente!
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.
Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: COMUNHÃO! A CESE é uma Família. Repito: uma Família! Nos dois mandatos que estive como presidente da CESE pude experimentar a vivência fraterna e gostosa de uma equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé, histórias de vida, e tão unida pela harmonia criada pelo Espírito de Deus e pelo único desejo de SERVIR aos mais pobres e vulneráveis na conquista e defesa dos seus direitos fundamentais. Louvado seja Deus pelos 50 anos de COMUNHÃO e SERVIÇO da CESE! Gratidão por tudo e para sempre!
Ao longo desses 50 anos, fomos presenteadas pela presença da CESE em nossas comunidades. Nós somos testemunhas do quanto ela tem de companheirismo e solidariedade investidos em nossos territórios. E isso tem sido fundamental para que continuemos em luta e em defesa do nosso povo.
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.
Eu preciso de recursos para fazer a luta. Somos descendentes de grupos muito criativos, africanos e indígenas. Somos na maioria compostos por mulheres. E a formação em Mobilização de Recursos promovida pela CESE acaba nos dando autonomia, se assim compartilharmos dentro do nosso território.
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.