Bote Fé no Voto: lançada campanha contra desinformação nas eleições
21 de agosto de 2024

Tendo em vista a chegada das eleições municipais, a CESE, em parceria com o Coletivo Bereia, o CEBI – Centro de Estudos Bíblicos e o CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, lançam, nesta quarta-feira (21), a campanha “Bote fé no Voto! Votar é um direito!”. Uma iniciativa de combate à desinformação nas igrejas, durante a caminhada até a escolha de prefeitos/as e vereadores/as que governarão os municípios brasileiros nos próximos quatro anos.
Esta já é a segunda campanha de combate à desinformação nas eleições promovida por uma parceria CESE, Bereia, CEBI e CONIC. Ao longo das eleições presidenciais de 2022, as quatro organizações se reuniram para trazer dicas de como identificar notícias falsas e também denunciar aquelas que já vinham sendo amplamente difundidas. No ano de 2024, o CEBI se soma a iniciativa.
Desta vez, ao longo das 7 semanas em que candidatos/as estarão em campanha para as eleições municipais em 2024, a campanha “Bote fé no Voto! Votar é um direito!” trará 7 reflexões e dicas sobre como fazer valer o nosso voto para além da urna.
O voto além da urna!
Ano de eleições, hora de lembrar que o voto e a participação cidadã são pilares da democracia. O voto não pode ser visto só como uma obrigação! Votar é um direito e uma das principais ferramentas para que as pessoas influenciem decisões políticas e escolham seus/as representantes.
A participação cidadã vai além do ato de votar. Envolve engajamento em debates públicos, participação em conselhos comunitários, organizações populares e movimentos sociais, e a fiscalização das ações dos/as governantes eleitos/as.
A participação ativa entre os períodos eleitorais é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Permitir que as vozes de diferentes grupos sejam ouvidas e consideradas nas decisões políticas é responsabilidade de cada eleitor/a.
Além disso, a participação cidadã fortalece a democracia ao promover a transparência e a responsabilidade dos/as governantes. Cidadãos/as envolvidos/as e informados/as são mais capazes de exigir melhores políticas públicas e uma democracia real para todas as pessoas.
Fique com a gente!
Aproveite e saiba mais sobre o papel do/a eleitor/a: https://institutoaurora.org/papel-do-eleitor/
Acompanhe as redes da @cesedireitos, @cebi_nacional, @coletivobereia e @conicbrasil !
Bote fé no voto: quem faz a campanha
Há 50 anos, a CESE atua na promoção, defesa e garantia de direitos em todo o país. É uma organização ecumênica composta por seis igrejas cristãs, fundada em 1973 para ser uma expressão do compromisso ecumênico em defesa dos direitos humanos.
O Coletivo Bereia é uma iniciativa jornalística sem fins lucrativos voltada para o combate à desinformação em ambientes digitais religiosos. A iniciativa tem como foco o segmento evangélico, no qual a circulação de desinformação é prevalente.
O CONIC nasceu no ano de 1982, em Porto Alegre (RS), e mantém entre os seus objetivos a promoção das relações ecumênicas entre as igrejas e o fortalecimento do testemunho conjunto das igrejas-membro na defesa dos Direitos Humanos.
O CEBI é uma organização ecumênica que reconhece e pratica um método de ler e interpretar a Bíblia, a partir da realidade e em defesa da vida.

VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
A família CESE também faz parte do movimento indígena. Compartilhamos das mesmas dores e alegrias, mas principalmente de uma mesma missão. É por um causa que estamos aqui. Fico muito feliz de poder compartilhar dessa emoção de conhecer essa equipe. Que venham mais 50 anos, mais pessoas comprometidas com esse espírito de igualdade, amor e fraternidade.
A CESE é a marca do ecumenismo na defesa de direitos. É serviço aos movimentos populares nas lutas por justiça. Parabéns à Diretoria e equipe da CESE pela persistência e compromisso, sempre renovado nesses cinquenta anos, de preservação da memória histórica na defesa da democracia em nosso país.
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.
A luta antirracista é o grande mote das nossas ações que tem um dos principais objetivos o enfrentamento ao racismo religioso e a violência, que tem sido crescente no estado do Maranhão. Por tanto, a parceria com a CESE nos proporciona a construção de estratégias políticas e de ações em redes, nos apoia na articulação com parcerias que de fato promovam incidência nas políticas públicas, proposições institucionais de enfrentamento a esse racismo religioso que tem gerado muita violência. A CESE nos desafia na superação do racismo institucional, como o grande vetor de inviabilização e da violência contra as religiões de matrizes africanas.
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
A gente tem uma associação do meu povo, Karipuna, na Terra Indígena Uaçá. Por muito tempo a nossa organização ficou inadimplente, sem poder atuar com nosso povo. Mas, conseguimos acessar o recurso da CESE para fortalecer organização indígena e estruturar a associação e reorganizá-la. Hoje orgulhosamente e muito emocionada digo que fazemos a Assembleia do Povo Karipuna realizada por nós indígenas, gerindo nosso próprio recurso. Atualmente temos uma diretoria toda indígena, conseguimos captar recursos e acessar outros projetos. E isso tudo só foi possível por causa da parceria com a CESE.
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.
A CESE foi criada no ano mais violento da Ditadura Militar, quando se institucionalizou a tortura, se intensificaram as prisões arbitrárias, os assassinatos e os desaparecimentos de presos políticos. As igrejas tiveram a coragem de se reunir e criar uma instituição que pudesse ser um testemunho vivo da fé cristã no serviço ao povo brasileiro. Fico muito feliz que a CESE chegue aos 50 anos aperfeiçoando a sua maturidade.
Há muito a celebrar e agradecer! Nestes anos todos, a CESE tem sido uma parceira importantíssima dos movimentos e organizações populares e pastorais sociais. Em muitos casos, o seu apoio foi e é decisivo para a luta, para a vitória da vida. Faz as exigências necessárias para os projetos, mas não as burocratiza nem as excede. O espírito solidário e acolhedor de seus agentes e funcionários faz a diferença. O testemunho de verdadeiro ecumenismo é uma das suas marcas mais relevantes! Parabéns a todos e todas que fazem a CESE! Vida longa!