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A 60ª AG CNBB recebe representantes de outras igrejas e religiões para celebração inter-religiosa
28 de abril de 2023

No final da segunda sessão da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desta quarta-feira, 26 de abril, o episcopado brasileiro recebeu representantes de diferentes Igrejas para uma celebração Inter-religiosa.
A celebração inter-religiosa, que é uma tradição realizada durante as Assembleias gerais da CNBB, foi presidida pelo bispo emérito de Cornélio Procópio (PR), dom Manoel João Francisco, presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB.
Para dom Manoel, esses momentos são muito importantes e significativos, pois criam afeição e proporcionam conhecimento. “Refletem a comunhão entre as várias religiões e de toda a humanidade. Todas as religiões são expressão de Deus e todas buscam fazer o bem e espalhar o bem. Podemos e devemos nos reunir e trabalhar pela paz, pela humanização, para criar um mundo que se possa viver em plenitude”.
Religiões e a cultura da paz
A presidenta da CESE e presbítera da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPI), Eleni Rangel, pontua que participar da celebração inter-religiosa na 60a. Assembleia da CNBB foi um grande privilégio. “É também uma oportunidade preciosa de testemunhar, como representantes de diferentes tradições religiosas, a possibilidade e a importância da unidade mesmo na diversidade religiosa como expressão de um mundo onde reine a paz, a compreensão mútua e o cuidado com as pessoas a nossa volta e ao meio ambiente como sinal do divino que habita em nós.”
Durante a celebração, o sheikh Mohamad Al Bukai, também falou sobre a importância da parceria de longa data entre as religiões para combater todo o tipo de violência. “Nosso Deus e vosso Deus é único e somente a Ele nos submetemos. O trabalho de tentar unir nossas comunidades para combater qualquer violência e injustiça é constante. Hoje, antes da religião, precisamos humanizar as pessoas”, disse.
O ser humano, disse o sheikh, é como um pote, que pode estar cheio de água limpa, ou leite, mas se estiver contaminado, vai contaminar tudo. “Não adianta ensinar religião para alguém que não está humanizado.Precisamos começar pela humanização das pessoas para que quando praticam a religião, não importa qual seja, seja humanizada”, enfatizou.
A celebração contou ainda com a participação de representantes de diversas religiões, unidos em oração e comunhão: representante Mulçumano, da Família Abraâmica, Átila Kus; representante da Igreja Evangélica Presbiteriana Independente, pastor Alberi Neumann; representante da Igreja Luterana e vice-presidente do Conselho Nacional das Igrejas Cristas (Conic), presbítera Anita Wright Torres; representante Mulçumano, sheikh Mohamad Al Bukai; representante Judeu, Raul Meyer; representante da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, bispo Cezar Fernandes Alves; representante da Igreja Presbiteriana, pastora Eleni Rodrigues Mendes.
Ao final da celebração, os representantes das religiões e os participantes da assembleia rezaram, juntos, a oração de bênçãos, colocando a mão no ombro da pessoa ao seu lado.


VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.
A CESE completa 50 anos de testemunho de fé ativa no amor, faz jus ao seu nome. Desde o início, se colocou em defesa dos direitos humanos, denunciou atos de violência e de tortura, participou da discussão de grandes temas nacionais, apoiou movimentos sociais de libertação. Parabéns pela atuação profética, em prol da unidade e da cidadania. Que Deus continue a fazer da CESE uma benção para muitos.
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.
A luta antirracista é o grande mote das nossas ações que tem um dos principais objetivos o enfrentamento ao racismo religioso e a violência, que tem sido crescente no estado do Maranhão. Por tanto, a parceria com a CESE nos proporciona a construção de estratégias políticas e de ações em redes, nos apoia na articulação com parcerias que de fato promovam incidência nas políticas públicas, proposições institucionais de enfrentamento a esse racismo religioso que tem gerado muita violência. A CESE nos desafia na superação do racismo institucional, como o grande vetor de inviabilização e da violência contra as religiões de matrizes africanas.
Celebrar os 50 anos da CESE é reconhecer uma caminhada cristã dedicada a defesa dos direitos humanos em todas as suas dimensões, comprometida com os segmentos mais vulnerabilizados da população brasileira. E valorizar cada conquista alcançada em cada luta travada na busca da justiça, do direito e da paz. Fazer parte dessa caminhada é um privilégio e motivo de grande alegria poder mais uma vez nos regozijar: “Grande coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres!” (Salmo 126.3)
A CESE não está com a gente só subsidiando, mas estimulando e fortalecendo. São cinquenta anos possibilitando que as ditas minorias gritem; intervindo realmente para que a gente transforme esse país em um lugar mais igualitário e fraterno, em que a gente possa viver como nos quilombos: comunidades circulares, que cabe todo mundo, respirando liberdade e esperança. Parabéns, CESE. Axé e luz para nós!
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.