CESE: 48 anos em defesa da vida!
15 de junho de 2021
Ilustração: Mônica Santana
O mês de junho chega trazendo as festas juninas e também o aniversário da CESE que este ano comemora 48 anos. Momento de gratidão e recordação da nossa história de fé e compromisso com a defesa de direitos dos grupos e segmentos mais vulneráveis e fragilizados da nossa sociedade. E este compromisso de desenvolver um trabalho diaconal junto aos movimentos e organizações populares voltado para promoção, defesa e garantia de direitos, é atualizado e renovado a cada ano.
Com a pandemia ainda em curso e com o agravamento das desigualdades históricas do país, a CESE segue na árdua e urgente luta pelos direitos humanos em toda sua amplitude reafirmando o importante papel dos pequenos projetos, dos diálogos e das articulações e das ações de incidência. Atenta ao contexto de crise humanitária que tem impactado a sociedade brasileira pela falta de coordenação para conter a atual pandemia, pelas queimadas ou pelas enchentes no norte do Brasil, a organização se mobilizou para dar uma resposta ágil de forma a contribuir para o atendimento emergencial das famílias em situação de vulnerabilidade alimentar e sanitária
Mesmo diante de tantos desafios, a força que a CESE recebe através do apoio de organizações e agências parceiras, de pessoas amigas, dos movimentos populares com os quais atua e da presença constante das igrejas membro, tem sido um grande incentivo para seguir em frente.
Ao olhar para trás vimos que tudo valeu à pena! Quantas mãos, corações, cabeças e pés se envolveram para construir, com a força e a ternura da Divina Ruah, as memórias que hoje recordamos e que nos fazem seguir adiante com as alegrias e os desafios do nosso tempo.
A nova presidenta da CESE, Pastora Helivete Bezerra, da Aliança de Batistas do Brasil (ABB), faz reflexão para as próximas jornadas: “Lembrando as palavras do poeta e cantor dessa terra, Raul Seixas, “Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade”. Nesses tempos sombrios em que querem nos tirar tudo, inclusive a capacidade de sonhar, que sigamos ousadamente sendo resistência, anunciando que morte nunca terá a última palavra – mas sim penúltima – a palavra definitiva sempre será a vida, e vida em abundância.”.
CESE 48 anos de caminhada ecumênica profética e solidária por democracia, justiça e dignidade da pessoa humana.
Ilustração: Mônica Santana
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Celebrar os 50 anos da CESE é reconhecer uma caminhada cristã dedicada a defesa dos direitos humanos em todas as suas dimensões, comprometida com os segmentos mais vulnerabilizados da população brasileira. E valorizar cada conquista alcançada em cada luta travada na busca da justiça, do direito e da paz. Fazer parte dessa caminhada é um privilégio e motivo de grande alegria poder mais uma vez nos regozijar: “Grande coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres!” (Salmo 126.3)
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
Conheço a CESE desde 1990, através da Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE) no apoio a grupos de juventude e de mulheres. Nesse sentido, foi uma organização absolutamente importante. E hoje, na função de diretor do Programa País da Heks no Brasil, poder apoiar os projetos da CESE é uma satisfação muito grande e um investimento que tenho certeza que é um dos melhores.
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.
A CESE não está com a gente só subsidiando, mas estimulando e fortalecendo. São cinquenta anos possibilitando que as ditas minorias gritem; intervindo realmente para que a gente transforme esse país em um lugar mais igualitário e fraterno, em que a gente possa viver como nos quilombos: comunidades circulares, que cabe todo mundo, respirando liberdade e esperança. Parabéns, CESE. Axé e luz para nós!
A CESE é a marca do ecumenismo na defesa de direitos. É serviço aos movimentos populares nas lutas por justiça. Parabéns à Diretoria e equipe da CESE pela persistência e compromisso, sempre renovado nesses cinquenta anos, de preservação da memória histórica na defesa da democracia em nosso país.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
A CESE completa 50 anos de testemunho de fé ativa no amor, faz jus ao seu nome. Desde o início, se colocou em defesa dos direitos humanos, denunciou atos de violência e de tortura, participou da discussão de grandes temas nacionais, apoiou movimentos sociais de libertação. Parabéns pela atuação profética, em prol da unidade e da cidadania. Que Deus continue a fazer da CESE uma benção para muitos.
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.

