O PROJETO
O Virando o Jogo oferece cursos online e presenciais nas áreas de mobilização de recursos locais e incidência política em 16 países e 18 organizações na África, Ásia e América Latina. O objetivo da iniciativa é capacitar grupos populares e organizações da sociedade civil para ações de defesa de direitos e transformação social, assim como diversificar fontes de recursos para garantir as ações cotidianas e uma vida mais duradoura para as organizações.
A mudança de prioridades da cooperação internacional e a crescente redução dos financiamentos externos levou a fundação holandesa Wilde Ganzen a iniciar o Programa Virando o Jogo em parceria com instituições do Brasil, Quênia e Índia, para capacitar organizações e compartilhar conteúdos importantes para a sustentabilidade política e financeira dos movimentos sociais.
No Brasil, os cursos são realizados pela Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), que já capacitou mais de 100 organizações , ajudando os movimentos sociais e organizações populares a construir estratégias criativas para conseguir mais apoio e seguir lutando por transformações sociais.
Em 2015, o Programa Virando o Jogo também incorporou o curso sobre Incidência Política, que tem por objetivo fortalecer organizações e movimentos sociais nas suas lutas por direitos frente aos poderes públicos e outros tomadores de decisão.
ABRANGÊNCIA E PÚBLICO
Segmentos populacionais que sofrem impactos das desigualdades e que se organizam para enfrentá-las em coletivos, organizações e/ou movimentos sociais.
Território nacional, com prioridade para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
APOIO
Aliança ”Change The Game Academy (Virando o Jogo)
Aliança ”Change The Game Academy (Virando o Jogo)” é formada pelas seguintes organizações: Wilde Ganzen Foundation( Holanda), Kenya Community Development Foundation (KCDF/Quênia), Smile Foundation (Índia), The Institute for Monitoring and Evaluation (TIME /Siri Lanka), Association Burkina de Fundraising (Burkina Faso), Uganda National NGO Forum (Uganda), Corporación PODION (Colombia), CASA Gambia (Community Action Support Association/Gambia), Satunama Foundation ( Indonésia), West Africa Civil Society Institute (Ghana), Development Expertise Center( Etiópia), West Africa Civil Society Institute (WACSI/Camarões), Advocacy and Policy Institute ( Camboja), Rhiza Babuyile ( África do Sul), CESE ( Brasil), Foundation for Civil Society (FCS/Tânzania) e CID – Nepal Center for Integrated Development ( anfitriã do encontro).
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Celebrar os 50 anos da CESE é reconhecer uma caminhada cristã dedicada a defesa dos direitos humanos em todas as suas dimensões, comprometida com os segmentos mais vulnerabilizados da população brasileira. E valorizar cada conquista alcançada em cada luta travada na busca da justiça, do direito e da paz. Fazer parte dessa caminhada é um privilégio e motivo de grande alegria poder mais uma vez nos regozijar: “Grande coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres!” (Salmo 126.3)
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
A CESE foi criada no ano mais violento da Ditadura Militar, quando se institucionalizou a tortura, se intensificaram as prisões arbitrárias, os assassinatos e os desaparecimentos de presos políticos. As igrejas tiveram a coragem de se reunir e criar uma instituição que pudesse ser um testemunho vivo da fé cristã no serviço ao povo brasileiro. Fico muito feliz que a CESE chegue aos 50 anos aperfeiçoando a sua maturidade.
A CESE não está com a gente só subsidiando, mas estimulando e fortalecendo. São cinquenta anos possibilitando que as ditas minorias gritem; intervindo realmente para que a gente transforme esse país em um lugar mais igualitário e fraterno, em que a gente possa viver como nos quilombos: comunidades circulares, que cabe todo mundo, respirando liberdade e esperança. Parabéns, CESE. Axé e luz para nós!
A CESE é a marca do ecumenismo na defesa de direitos. É serviço aos movimentos populares nas lutas por justiça. Parabéns à Diretoria e equipe da CESE pela persistência e compromisso, sempre renovado nesses cinquenta anos, de preservação da memória histórica na defesa da democracia em nosso país.
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.
Eu acho extraordinário o trabalho da CESE, porque ela inaugurou outro tipo de ecumenismo. Não é algo que as igrejas discutem entre si, falam sobre suas doutrinas e chegam a uma convergência. A CESE faz um ecumenismo de serviço que é ecumenismo de missão, para servir aos pobres, servir seus direitos.
A gente tem uma associação do meu povo, Karipuna, na Terra Indígena Uaçá. Por muito tempo a nossa organização ficou inadimplente, sem poder atuar com nosso povo. Mas, conseguimos acessar o recurso da CESE para fortalecer organização indígena e estruturar a associação e reorganizá-la. Hoje orgulhosamente e muito emocionada digo que fazemos a Assembleia do Povo Karipuna realizada por nós indígenas, gerindo nosso próprio recurso. Atualmente temos uma diretoria toda indígena, conseguimos captar recursos e acessar outros projetos. E isso tudo só foi possível por causa da parceria com a CESE.
Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: COMUNHÃO! A CESE é uma Família. Repito: uma Família! Nos dois mandatos que estive como presidente da CESE pude experimentar a vivência fraterna e gostosa de uma equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé, histórias de vida, e tão unida pela harmonia criada pelo Espírito de Deus e pelo único desejo de SERVIR aos mais pobres e vulneráveis na conquista e defesa dos seus direitos fundamentais. Louvado seja Deus pelos 50 anos de COMUNHÃO e SERVIÇO da CESE! Gratidão por tudo e para sempre!