O programa é apoiado pela agência da cooperação holandesa Wilde Ganzen, através do Ministério das Relações Exteriores, e envolve internacionalmente oito países do sul global, Brasil, Burkina Faso, Etiópia, Gana, Quênia, Moçambique, Uganda e Palestina.
O PROJETO
O Doar para Transformar tem como objetivo fortalecer as capacidades das organizações de influenciar as relações de poder Norte e Sul Global no âmbito da cooperação e filantropia, e também ampliar o reconhecimento da importância dos recursos locais para o processo de desenvolvimento e para o campo da defesa de direitos.
Na CESE, o foco do trabalho é o fortalecimento e aprendizado coletivo entre organizações do movimento de mulheres do Nordeste que compõem a comunidade de prática. O programa tem a duração de cinco anos (2021 a 2025) e conta com uma série de atividades em conjunto com esses grupos de mulheres: Apoio a projetos; Formação nas áreas de Incidência, Comunicação e Mobilização de Recursos; Encontros temáticos sobre Sustentabilidade, Comunicação Estratégica, Incidência Política e Jurídica; Diálogos Estratégicos com Academia e os Poderes Públicos; Planejamento, Monitoramento e Avaliação, e Sistematização.
ABRANGÊNCIA E PÚBLICO
Organizações do Nordeste que compõem a comunidade de prática:
Associação das Catadoras de Mangaba e Indiaroba – ASCAMAI
Associação das Trabalhadoras Domésticas de Campina Grande
Associação do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu – MIQCB
Articulação Nacional das Pescadoras – ANP/BA
Coletivo As Carolinas
Coletivo de Lésbicas e Mulheres Bissexuais de Pernambuco - COMLESBI
Coletivo Mulheres, Políticas Públicas e Sociedade-MUPPS
Fórum Nacional Marielles
Grupo Matizes
Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão – MBMC
Movimento de Mulheres Camponesas/Núcleo Alagoas - MMC-AL
Mulheres Guerreiras da Resistência-MOQUIBOM
Rede das Mulheres de Terreiro de Pernambuco
Rede de Mulheres Negras do Nordeste
Rede de Mulheres Negras Evangélicas
Revista Afirmativa – Coletivo de Mídia Negra
Fórum de Mulheres de Pernambuco -FMPE
Departamento de Mulheres Indígenas-DMI/APOINME (Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo)
APOIO
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
A gente tem uma associação do meu povo, Karipuna, na Terra Indígena Uaçá. Por muito tempo a nossa organização ficou inadimplente, sem poder atuar com nosso povo. Mas, conseguimos acessar o recurso da CESE para fortalecer organização indígena e estruturar a associação e reorganizá-la. Hoje orgulhosamente e muito emocionada digo que fazemos a Assembleia do Povo Karipuna realizada por nós indígenas, gerindo nosso próprio recurso. Atualmente temos uma diretoria toda indígena, conseguimos captar recursos e acessar outros projetos. E isso tudo só foi possível por causa da parceria com a CESE.
Ao longo desses 50 anos, fomos presenteadas pela presença da CESE em nossas comunidades. Nós somos testemunhas do quanto ela tem de companheirismo e solidariedade investidos em nossos territórios. E isso tem sido fundamental para que continuemos em luta e em defesa do nosso povo.
Eu acho extraordinário o trabalho da CESE, porque ela inaugurou outro tipo de ecumenismo. Não é algo que as igrejas discutem entre si, falam sobre suas doutrinas e chegam a uma convergência. A CESE faz um ecumenismo de serviço que é ecumenismo de missão, para servir aos pobres, servir seus direitos.
A CESE completa 50 anos de testemunho de fé ativa no amor, faz jus ao seu nome. Desde o início, se colocou em defesa dos direitos humanos, denunciou atos de violência e de tortura, participou da discussão de grandes temas nacionais, apoiou movimentos sociais de libertação. Parabéns pela atuação profética, em prol da unidade e da cidadania. Que Deus continue a fazer da CESE uma benção para muitos.
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.
Celebrar os 50 anos da CESE é reconhecer uma caminhada cristã dedicada a defesa dos direitos humanos em todas as suas dimensões, comprometida com os segmentos mais vulnerabilizados da população brasileira. E valorizar cada conquista alcançada em cada luta travada na busca da justiça, do direito e da paz. Fazer parte dessa caminhada é um privilégio e motivo de grande alegria poder mais uma vez nos regozijar: “Grande coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres!” (Salmo 126.3)
A CESE é a marca do ecumenismo na defesa de direitos. É serviço aos movimentos populares nas lutas por justiça. Parabéns à Diretoria e equipe da CESE pela persistência e compromisso, sempre renovado nesses cinquenta anos, de preservação da memória histórica na defesa da democracia em nosso país.
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.
Conheço a CESE desde 1990, através da Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE) no apoio a grupos de juventude e de mulheres. Nesse sentido, foi uma organização absolutamente importante. E hoje, na função de diretor do Programa País da Heks no Brasil, poder apoiar os projetos da CESE é uma satisfação muito grande e um investimento que tenho certeza que é um dos melhores.