Organizações ecumênicas organizam 5ª Jornada Ecumênica 2023
11 de outubro de 2023

O evento acontecerá entre os dias 12 e 15 de outubro, em Vargem Grande Paulista, região metropolitana de São Paulo.
Entre os dias 12 e 15 de outubro, o Centro Mariápolis Ginetta, localizado em Vagem Grande Paulista, região metropolitana de São Paulo, abrirá suas portas para sediar a 5ª Jornada Ecumênica 2023, organizada pelo Projeto Feact.
Com o tema “Eu sou porque nós somos” – Ubuntu – “Somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros” (Romanos 12:05) – Contra os fundamentalismos e pela justiça de gênero”, o evento busca unir pessoas de diferentes origens religiosas, culturais e sociais em prol de uma sociedade mais inclusiva e tolerante. Além disso, a jornada pretende levantar importantes debates sobre a necessidade de combater os fundamentalismos e promover a justiça de gênero.
Ubuntu: Uma mensagem de conexão e coletividade
O lema escolhido para o evento, baseado no versículo bíblico Romanos 12:05 – “Somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros”, reforça a mensagem de que somente através da compreensão e do apoio mútuo é possível alcançar a harmonia e a equidade.
Originária das culturas africanas, a filosofia Ubuntu abraça o conceito de que a essência de cada indivíduo está intrinsecamente ligada à comunidade. A crença de que “eu sou” só ganha verdadeiro significado quando compartilhada com o coletivo, com isso, há um convite para que todos os participantes reflitam sobre como podem contribuir positivamente para o bem-estar comum.
Promovendo a justiça de gênero e combatendo os fundamentalismos
Um dos principais propósitos da Jornada Ecumênica 2023 é fomentar discussões acerca da justiça de gênero e da importância de combater os fundamentalismos que podem gerar divisões e conflitos na sociedade, dessa forma, todas as atividades abordarão a importância de garantir igualdade de direitos e oportunidades para todas as pessoas, independentemente de seu gênero.
Outro ponto de destaque será a abordagem sobre os desafios apresentados pelos fundamentalismos em suas diversas formas, sejam eles religiosos, políticos ou sociais. O evento proporcionará um espaço de diálogo aberto, buscando desconstruir estereótipos e fomentar o respeito pelas diferenças.
Um chamado à construção de um mundo mais unido e tolerante
A Jornada Ecumênica 2023 representa uma oportunidade para que indivíduos de diversas crenças e culturas se unam em um ambiente de respeito e diálogo, buscando caminhos para construir uma sociedade mais unida e tolerante.
Neste período desafiador, onde questões de justiça de gênero e fundamentalismos ainda são enfrentadas, o encontro surge como um farol de esperança e inspiração para que, juntos, possamos transformar nossa realidade em direção a um futuro mais harmonioso e solidário.
SERVIÇO:
O que: Jornada Ecumênica 2023
Quando: 12 a 15 de outubro de 2023
Onde: Centro Mariápolis Ginetta – Rua José Coelho, Casas 55 – Mariápolis Ginetta, Vargem Grande Paulista – SP

Informações: jornadaecumenica2023@gmail.com
Instagram: @projetofeact
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
A luta antirracista é o grande mote das nossas ações que tem um dos principais objetivos o enfrentamento ao racismo religioso e a violência, que tem sido crescente no estado do Maranhão. Por tanto, a parceria com a CESE nos proporciona a construção de estratégias políticas e de ações em redes, nos apoia na articulação com parcerias que de fato promovam incidência nas políticas públicas, proposições institucionais de enfrentamento a esse racismo religioso que tem gerado muita violência. A CESE nos desafia na superação do racismo institucional, como o grande vetor de inviabilização e da violência contra as religiões de matrizes africanas.
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.
Ao longo desses 50 anos, fomos presenteadas pela presença da CESE em nossas comunidades. Nós somos testemunhas do quanto ela tem de companheirismo e solidariedade investidos em nossos territórios. E isso tem sido fundamental para que continuemos em luta e em defesa do nosso povo.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Eu preciso de recursos para fazer a luta. Somos descendentes de grupos muito criativos, africanos e indígenas. Somos na maioria compostos por mulheres. E a formação em Mobilização de Recursos promovida pela CESE acaba nos dando autonomia, se assim compartilharmos dentro do nosso território.
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.
Conheço a CESE desde 1990, através da Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE) no apoio a grupos de juventude e de mulheres. Nesse sentido, foi uma organização absolutamente importante. E hoje, na função de diretor do Programa País da Heks no Brasil, poder apoiar os projetos da CESE é uma satisfação muito grande e um investimento que tenho certeza que é um dos melhores.
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.