Nota em solidariedade e apoio ao Movimento Sem Teto da Bahia: despejo zero!
30 de março de 2021
Acompanhamos com indignação os despejos e remoções que já deixaram milhares de famílias desabrigadas em todo o Brasil em plena pandemia de Covid 19, no mesmo momento em que o lema do “ficar em casa” é tido como fundamental para salvar vidas. Outras famílias, muitas delas chefiadas por mulheres negras, dormem sob a ameaça de amanhecer sem teto e sem proteção, devido a despejos. Na Bahia, essa situação atinge ocupações urbanas, sem terra, comunidades tradicionais de fundo e fecho de pasto e povos indígenas, entre outros segmentos já historicamente impactados pelo racismo e pelas desigualdades sociais.
Ao longo dos anos a CESE tem apoiado pequenos projetos de inciativa do MSTB, em importante parceria, envolvendo atividades de formação, comunicação e incidência. As últimas ações apoiadas executadas pelo Movimento envolveram ajuda humanitária e segurança alimentar no contexto da pandemia de Covid-19, com doação de cestas básicas, materiais de higiene e equipamentos de proteção para moradores/as em situação de vulnerabilidade, incluindo famílias da ocupação Marielle Franco.
Dessa forma, neste momento a CESE se solidariza com o Movimento Sem Teto da Bahia (MSTB) diante das ameaças de despejo através de reintegrações de posse contra as ocupações Marielle Franco e Nova Conquista, no município de Simões Filho, na Bahia, e se se posiciona pela suspensão das medidas de remoção, incompatíveis com a proteção de direitos humanos e com a preocupação com o destino das famílias que ficarão sem moradia, ainda mais expostos a riscos durante a pandemia e sofrendo danos psicológicos da incerteza sobre suas vidas, situação agravada pela crise sanitária, econômica e social no país.
A CESE se soma a esse clamor por justiça: despejo zero pela vida no campo e na cidade!
Salvador, 30 de março de 2021
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
A gente tem uma associação do meu povo, Karipuna, na Terra Indígena Uaçá. Por muito tempo a nossa organização ficou inadimplente, sem poder atuar com nosso povo. Mas, conseguimos acessar o recurso da CESE para fortalecer organização indígena e estruturar a associação e reorganizá-la. Hoje orgulhosamente e muito emocionada digo que fazemos a Assembleia do Povo Karipuna realizada por nós indígenas, gerindo nosso próprio recurso. Atualmente temos uma diretoria toda indígena, conseguimos captar recursos e acessar outros projetos. E isso tudo só foi possível por causa da parceria com a CESE.
A família CESE também faz parte do movimento indígena. Compartilhamos das mesmas dores e alegrias, mas principalmente de uma mesma missão. É por um causa que estamos aqui. Fico muito feliz de poder compartilhar dessa emoção de conhecer essa equipe. Que venham mais 50 anos, mais pessoas comprometidas com esse espírito de igualdade, amor e fraternidade.
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.
Há muito a celebrar e agradecer! Nestes anos todos, a CESE tem sido uma parceira importantíssima dos movimentos e organizações populares e pastorais sociais. Em muitos casos, o seu apoio foi e é decisivo para a luta, para a vitória da vida. Faz as exigências necessárias para os projetos, mas não as burocratiza nem as excede. O espírito solidário e acolhedor de seus agentes e funcionários faz a diferença. O testemunho de verdadeiro ecumenismo é uma das suas marcas mais relevantes! Parabéns a todos e todas que fazem a CESE! Vida longa!
A CESE foi criada no ano mais violento da Ditadura Militar, quando se institucionalizou a tortura, se intensificaram as prisões arbitrárias, os assassinatos e os desaparecimentos de presos políticos. As igrejas tiveram a coragem de se reunir e criar uma instituição que pudesse ser um testemunho vivo da fé cristã no serviço ao povo brasileiro. Fico muito feliz que a CESE chegue aos 50 anos aperfeiçoando a sua maturidade.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Conheço a CESE desde 1990, através da Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE) no apoio a grupos de juventude e de mulheres. Nesse sentido, foi uma organização absolutamente importante. E hoje, na função de diretor do Programa País da Heks no Brasil, poder apoiar os projetos da CESE é uma satisfação muito grande e um investimento que tenho certeza que é um dos melhores.