Equipe da CESE se reúne e planeja ações para 2020
29 de janeiro de 2020
A equipe executiva da CESE esteve reunida no Instituto Frei Ludovico – Salvador, nos dias 27 e 28 de janeiro, para dois dias de trabalho e reflexão sobre as ações em 2020. O objetivo da reunião foi planejar as atividades, definir prioridades e refletir sobre os principais desafios do contexto político brasileiro.


Para iniciar os trabalhos, a CESE contou com a consultoria de Rita Nascimento na condução de práticas de autocuidado. Rita trouxe para o grupo a conexão dos quatros elementos da natureza, seus significados e influência na vida humana. Além de conhecer a força de cada elemento natural, os/as colaboradores/as da organização tiveram a oportunidade de praticar técnicas de respiração e se energizar antes de iniciar a reunião.
Para Wellington Araújo, auxiliar de serviços da CESE, essa dinâmica de abertura foi muito importante para relaxar e colocar todas as pessoas em sintonia: “Com a mente mais calma ficou mais fácil a gente se escutar e entrar em sintonia. Isso torna o trabalho menos cansativo e mais prazeroso. ”, afirma Wellington.


A pauta do planejamento começou com uma breve análise de conjuntura do Brasil atual, uma realidade nova para o campo das resistências. Um dos assuntos levantados pela equipe foram os desmontes das políticas voltadas para as populações tradicionais, trabalhadores/as, mulheres, população negra e juventude, como também o crescimento do fundamentalismo religioso e a criminalização dos movimentos e das organizações ambientalistas e populares.
Para Antônia Soares, telefonista e recepcionista da organização, falar sobre o contexto é de extrema importância não apenas para entender o que acontece no país, mas para também compreender melhor como a organização se posiciona e mantém sua linha estratégica de enfrentamento: “O que me chamou mais atenção é a falta de compromisso do governo com meio ambiente. São as queimadas na Amazônia, o óleo nas praias do Nordeste e mortes de indígenas. A CESE vai seguir denunciando e apoiando projetos. ”, enfatizou Antônia.



Durante o encontro, houve a retomada do processo de avaliação do ano anterior, a projeção da previsão orçamentária, debates e trabalhos em grupos sobre eixos temáticos e linhas de atuação da instituição: Projetos; Formação; Diálogo e Articulação; Ecumenismo; Comunicação; Incidência Política e Gestão Institucional.
“Como já sabemos, a atividade de planejamento além de extrema importância para o desenvolvimento das ações durante o ano, tem sido também um momento bastante agradável para a equipe. ”, declarou Gael Ferreira, analista Adm. Financeiro. “Vivemos dois dias intensos de trabalho e para mim o maior destaque foi a metodologia aplicada, em que os trabalhos em grupo permitiram que colaboradores/as tivessem oportunidade de conhecer e opinar sobre todas as áreas do trabalho que a CESE realiza. ”, concluiu.
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
A CESE completa 50 anos de testemunho de fé ativa no amor, faz jus ao seu nome. Desde o início, se colocou em defesa dos direitos humanos, denunciou atos de violência e de tortura, participou da discussão de grandes temas nacionais, apoiou movimentos sociais de libertação. Parabéns pela atuação profética, em prol da unidade e da cidadania. Que Deus continue a fazer da CESE uma benção para muitos.
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.
Eu acho extraordinário o trabalho da CESE, porque ela inaugurou outro tipo de ecumenismo. Não é algo que as igrejas discutem entre si, falam sobre suas doutrinas e chegam a uma convergência. A CESE faz um ecumenismo de serviço que é ecumenismo de missão, para servir aos pobres, servir seus direitos.
Eu preciso de recursos para fazer a luta. Somos descendentes de grupos muito criativos, africanos e indígenas. Somos na maioria compostos por mulheres. E a formação em Mobilização de Recursos promovida pela CESE acaba nos dando autonomia, se assim compartilharmos dentro do nosso território.
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: COMUNHÃO! A CESE é uma Família. Repito: uma Família! Nos dois mandatos que estive como presidente da CESE pude experimentar a vivência fraterna e gostosa de uma equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé, histórias de vida, e tão unida pela harmonia criada pelo Espírito de Deus e pelo único desejo de SERVIR aos mais pobres e vulneráveis na conquista e defesa dos seus direitos fundamentais. Louvado seja Deus pelos 50 anos de COMUNHÃO e SERVIÇO da CESE! Gratidão por tudo e para sempre!
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.