Curso “Feminismo com quem tá chegando 2018”
10 de novembro de 2017
A Universidade Livre Feminista iniciou no dia 9 de novembro, a Oficina de Formação de Educadoras, etapa preparatória do curso Feminismo com quem tá chegando, que se inicia em janeiro de 2018. A oficina reuniu 27 ativistas de diversas organizações e coletivos feministas de todo o território nacional para a primeira formação das educadoras que, além de participarem do curso online, vão realizar formações presenciais em seus locais de atuação. A formação foi realizada em Camaragibe / PE entre os dias 09 e 12 de novembro.
O curso “Feminismo com quem tá chegando 2017” faz parte do projeto “Sociedade Civil Construindo a Resistência Democrática”, desenvolvido pelo CFEMEA – Centro Feminista de Estudos e Assessoria em parceria com a ABONG, CAMP e CESE e financiado pela União Europeia. Ele será realizado pela Universidade Livre Feminista, em conjunto com CFEMEA e com o apoio do SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia e da Cunhã – Coletivo Feminista.
O objetivo do curso é potencializar os esforços dos movimentos de mulheres e feministas no sentido do seu fortalecimento organizativo (grupos, coletivos, fóruns, redes, articulações) para as lutas contra as desigualdades, injustiças, exclusões e explorações; Compartilhar conhecimentos e experiências com mulheres que o estão “descobrindo” e querem dele participar; Debater os desafios atuais do feminismo como movimento auto-organizado de mulheres.
A maior parte do curso será desenvolvida pela internet, na Plataforma de Formação Feminista (Moodle) da Universidade Livre Feminista. Ele é organizado em módulos temáticos que aglutinam um conjunto de questões, sendo disponibilizados materiais diversos para subsidiar as discussões e atividades online e/ou presenciais (locais). Em cada módulo será realizado um “fórum de discussão” online, estimulando-se a reflexão coletiva sobre os temas. No plano local, cada módulo deverá contar com um encontro presencial para aprofundamento dos temas, que deverá ser acompanhado pelas educadoras locais.
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
A CESE foi criada no ano mais violento da Ditadura Militar, quando se institucionalizou a tortura, se intensificaram as prisões arbitrárias, os assassinatos e os desaparecimentos de presos políticos. As igrejas tiveram a coragem de se reunir e criar uma instituição que pudesse ser um testemunho vivo da fé cristã no serviço ao povo brasileiro. Fico muito feliz que a CESE chegue aos 50 anos aperfeiçoando a sua maturidade.
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
Ao longo desses 50 anos, fomos presenteadas pela presença da CESE em nossas comunidades. Nós somos testemunhas do quanto ela tem de companheirismo e solidariedade investidos em nossos territórios. E isso tem sido fundamental para que continuemos em luta e em defesa do nosso povo.
Eu preciso de recursos para fazer a luta. Somos descendentes de grupos muito criativos, africanos e indígenas. Somos na maioria compostos por mulheres. E a formação em Mobilização de Recursos promovida pela CESE acaba nos dando autonomia, se assim compartilharmos dentro do nosso território.
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
Conheço a CESE desde 1990, através da Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE) no apoio a grupos de juventude e de mulheres. Nesse sentido, foi uma organização absolutamente importante. E hoje, na função de diretor do Programa País da Heks no Brasil, poder apoiar os projetos da CESE é uma satisfação muito grande e um investimento que tenho certeza que é um dos melhores.
Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: COMUNHÃO! A CESE é uma Família. Repito: uma Família! Nos dois mandatos que estive como presidente da CESE pude experimentar a vivência fraterna e gostosa de uma equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé, histórias de vida, e tão unida pela harmonia criada pelo Espírito de Deus e pelo único desejo de SERVIR aos mais pobres e vulneráveis na conquista e defesa dos seus direitos fundamentais. Louvado seja Deus pelos 50 anos de COMUNHÃO e SERVIÇO da CESE! Gratidão por tudo e para sempre!