<a href="https://www.cese.org.br/cese-emite-nota-de-pesar-pelo-falecimento-do-professor-jaime-sodre/"><strong>CESE emite nota de pesar pelo falecimento do professor Jaime Sodré</strong></a>
07 de agosto de 2020Ligado ao Terreiro Bogum, por muitas vezes parceiro do movimento ecumênico para o diálogo inter-religoso, Jaime Sodré nos ensinava que o respeito, mais que tolerância, era a pedra de toque à condição de convivência entre as pessoas na diversidade dos modos com que manifestam suas expressões de fé. Ao lado da querida Makota Valdina e de tantas lideranças religiosas, esteve presente nas iniciativas que pela CESE propúnhamos com o incipiente movimento ‘construindo diálogos’ para superar as bases da intolerância religiosa, cujo caldo hoje sofremos neste era trevosa que tenta nos dominar.
Jaime, amigo, professor educador, artista, profundo conhecedor e entusiasta da música que vem do povo de santo, cultor da influência da religião afro-brasileira da obra do Mestre Didi, transitava com leveza pelas festas da Bahia. Nos debates sobre cultura negra e um dos grandes mobilizadores a partir dos espaços sagrados de resistência do fim de linha da Federação abraçando o Dique do Tororó, contribuindo para a criação em 2007, do “Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa” que a Bahia comemora a cada 21 de Janeiro.
Querido Jaime, sábio e generoso amigo, sua passagem para outro plano nos surpreende, no entanto, a força de seu legado continuará a inspirar os caminhos para a superação do racismo e para os diálogos inter-religiosos rumo à convivência fraterna e respeitosa entre as diversas expressões de fé em nossa querida Bahia.
Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE
Agosto de 2020
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
A família CESE também faz parte do movimento indígena. Compartilhamos das mesmas dores e alegrias, mas principalmente de uma mesma missão. É por um causa que estamos aqui. Fico muito feliz de poder compartilhar dessa emoção de conhecer essa equipe. Que venham mais 50 anos, mais pessoas comprometidas com esse espírito de igualdade, amor e fraternidade.
Há muito a celebrar e agradecer! Nestes anos todos, a CESE tem sido uma parceira importantíssima dos movimentos e organizações populares e pastorais sociais. Em muitos casos, o seu apoio foi e é decisivo para a luta, para a vitória da vida. Faz as exigências necessárias para os projetos, mas não as burocratiza nem as excede. O espírito solidário e acolhedor de seus agentes e funcionários faz a diferença. O testemunho de verdadeiro ecumenismo é uma das suas marcas mais relevantes! Parabéns a todos e todas que fazem a CESE! Vida longa!
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
A CESE não está com a gente só subsidiando, mas estimulando e fortalecendo. São cinquenta anos possibilitando que as ditas minorias gritem; intervindo realmente para que a gente transforme esse país em um lugar mais igualitário e fraterno, em que a gente possa viver como nos quilombos: comunidades circulares, que cabe todo mundo, respirando liberdade e esperança. Parabéns, CESE. Axé e luz para nós!
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Celebrar os 50 anos da CESE é reconhecer uma caminhada cristã dedicada a defesa dos direitos humanos em todas as suas dimensões, comprometida com os segmentos mais vulnerabilizados da população brasileira. E valorizar cada conquista alcançada em cada luta travada na busca da justiça, do direito e da paz. Fazer parte dessa caminhada é um privilégio e motivo de grande alegria poder mais uma vez nos regozijar: “Grande coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres!” (Salmo 126.3)
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.
A CESE é a marca do ecumenismo na defesa de direitos. É serviço aos movimentos populares nas lutas por justiça. Parabéns à Diretoria e equipe da CESE pela persistência e compromisso, sempre renovado nesses cinquenta anos, de preservação da memória histórica na defesa da democracia em nosso país.
Conheço a CESE desde 1990, através da Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE) no apoio a grupos de juventude e de mulheres. Nesse sentido, foi uma organização absolutamente importante. E hoje, na função de diretor do Programa País da Heks no Brasil, poder apoiar os projetos da CESE é uma satisfação muito grande e um investimento que tenho certeza que é um dos melhores.
A CESE foi criada no ano mais violento da Ditadura Militar, quando se institucionalizou a tortura, se intensificaram as prisões arbitrárias, os assassinatos e os desaparecimentos de presos políticos. As igrejas tiveram a coragem de se reunir e criar uma instituição que pudesse ser um testemunho vivo da fé cristã no serviço ao povo brasileiro. Fico muito feliz que a CESE chegue aos 50 anos aperfeiçoando a sua maturidade.