Carta de Convocação – 45ª Assembleia Geral da CESE
03 de maio de 2018
“A mão de Deus nos une e liberta” (Ex 15,1-21)
Caros irmãos,
Inspiradas/os no tema da Semana de Oração pela Unidade Cristã e reafirmando a nossa identidade e compromisso ecumênicos, me dirijo a igrejas e organismos ecumênicos para convocá-los/as para a 45ª Assembleia Geral da CESE a ser realizada nos dias 7 e 8 de junho do corrente ano, em Salvador, na Rua da Graça, 150/164 – Graça, iniciando às 8h30 do dia 7 e com encerramento previsto para as 17h do dia 8.
No ano em que comemoramos nossos 45 de atuação na defesa de direitos, reafirmamos a nossa missão de “fortalecer movimentos e grupos populares, e outras organizações, empenhados nas lutas por transformações políticas, econômicas e sociais que conduzam a estruturas em que prevaleça democracia com justiça na perspectiva dos direitos humanos”. E agradecemos ao sopro inspirador da Ruah por nos ter guiado até aqui.

Esta assembleia será eletiva. As igrejas precisam indicar nomes para compor a nova diretoria. Conforme o Estatuto da CESE, art.10º.
Conforme artigo a seguir:
Artigo 25 – O mandato da Diretoria é de 3 (três) anos.
- 1º – É vedada a recondução de qualquer membro da Diretoria para o mesmo cargo por mais de 2 (dois) mandatos consecutivos.
Informamos que a diretoria atual foi eleita pela primeira vez em 2015.
Para garantir o equilíbrio de gênero, recomendamos a cada igreja que, pelo menos, uma das pessoas delegadas, seja mulher.
Queremos contar com a participação de todos e todas, pois a Assembleia, além de eletiva, é uma ocasião para acompanhamento das atividades planejadas e desenvolvidas pela CESE no cumprimento da sua missão. A presença, as críticas e sugestões das igrejas nos ajudam a rever nossas estratégias e ações e qualificar a nossa atuação.
A Assembleia será, também, uma oportunidade de intercâmbio de informações sobre a atuação das Igrejas, em especial no campo do trabalho social e do movimento ecumênico (diaconia ecumênica). Assim, materiais produzidos pelas Igrejas e outras informações pertinentes serão muito bem-vindos!
Atenciosamente,
Presidente Vice-Presidente
Pe. Marcus Barbosa Guimarães (ICAR) Pastor Joel Zeferino (ABB)
Primeira Secretária Primeiro Tesoureiro
Mariana Falcão Zuccarello (IPU) Pastor Renato Küntzer (IECLB)
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
Eu preciso de recursos para fazer a luta. Somos descendentes de grupos muito criativos, africanos e indígenas. Somos na maioria compostos por mulheres. E a formação em Mobilização de Recursos promovida pela CESE acaba nos dando autonomia, se assim compartilharmos dentro do nosso território.
A gente tem uma associação do meu povo, Karipuna, na Terra Indígena Uaçá. Por muito tempo a nossa organização ficou inadimplente, sem poder atuar com nosso povo. Mas, conseguimos acessar o recurso da CESE para fortalecer organização indígena e estruturar a associação e reorganizá-la. Hoje orgulhosamente e muito emocionada digo que fazemos a Assembleia do Povo Karipuna realizada por nós indígenas, gerindo nosso próprio recurso. Atualmente temos uma diretoria toda indígena, conseguimos captar recursos e acessar outros projetos. E isso tudo só foi possível por causa da parceria com a CESE.
Há muito a celebrar e agradecer! Nestes anos todos, a CESE tem sido uma parceira importantíssima dos movimentos e organizações populares e pastorais sociais. Em muitos casos, o seu apoio foi e é decisivo para a luta, para a vitória da vida. Faz as exigências necessárias para os projetos, mas não as burocratiza nem as excede. O espírito solidário e acolhedor de seus agentes e funcionários faz a diferença. O testemunho de verdadeiro ecumenismo é uma das suas marcas mais relevantes! Parabéns a todos e todas que fazem a CESE! Vida longa!
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
A família CESE também faz parte do movimento indígena. Compartilhamos das mesmas dores e alegrias, mas principalmente de uma mesma missão. É por um causa que estamos aqui. Fico muito feliz de poder compartilhar dessa emoção de conhecer essa equipe. Que venham mais 50 anos, mais pessoas comprometidas com esse espírito de igualdade, amor e fraternidade.
A CESE não está com a gente só subsidiando, mas estimulando e fortalecendo. São cinquenta anos possibilitando que as ditas minorias gritem; intervindo realmente para que a gente transforme esse país em um lugar mais igualitário e fraterno, em que a gente possa viver como nos quilombos: comunidades circulares, que cabe todo mundo, respirando liberdade e esperança. Parabéns, CESE. Axé e luz para nós!
Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: COMUNHÃO! A CESE é uma Família. Repito: uma Família! Nos dois mandatos que estive como presidente da CESE pude experimentar a vivência fraterna e gostosa de uma equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé, histórias de vida, e tão unida pela harmonia criada pelo Espírito de Deus e pelo único desejo de SERVIR aos mais pobres e vulneráveis na conquista e defesa dos seus direitos fundamentais. Louvado seja Deus pelos 50 anos de COMUNHÃO e SERVIÇO da CESE! Gratidão por tudo e para sempre!
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.