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Avaliação e Planejamento da Campanha em Defesa do Cerrado reúne movimentos e organizações sociais em Brasília
02 de fevereiro de 2018
Organizações e movimentos sociais que atuam na Campanha em Defesa do Cerrado se reuniram em Brasília/DF, de 31 de janeiro a 2 de fevereiro, para avaliar as ações realizadas em 2017 e construir uma agenda estratégica para o ano de 2018. Foi definido que, neste cenário de retrocessos, as ações terão como foco o fortalecimento da campanha, através da participação mais ativa dos movimentos, organizações locais e comunidades do cerrado; projeção internacional da campanha em países da América Latina, Estados Unidos e em países da Europa que já têm tradição na defesa das causas ambientais e sociais, além da participação em espaços e eventos como o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA) que acontecerá entre os dias 17 e 22 de março de 2018, em Brasília – DF, no sentido de unificar a luta contra a tentativa das grandes corporações em transformar a água em uma mercadoria. Segundo Isolete Wichinieski, agente da Comissão Pastoral da Terra em Goiás (CPT-GO), houve um avanço em termos de impacto na opinião pública, de Formação política e de uma maior visibilidade da situação enfrentada pelas comunidades e pelos povos tradicionais diante da expansão do agronegócio e da pecuária no Cerrado, considerando que 2017 foi um de conjuntura política bastante desafiadora no Brasil.
Nos dias 1 e 2 de fevereiro, o Coletivo de Comunicadores e Comunicadoras da campanha se debruçaram sobre a agenda estratégica da campanha para mapear os públicos e as ações que serão realizadas em 2018.
A campanha, há 2 anos, atua na defesa de territórios, comunidades, água e biodiversidade do cerrado, no enfrentamento ao agronegócio e seu avanço no MATOPIBA) e na incidência no poder público para transformação do Cerrado/Caatinga em Patrimônio Nacional – PEC504 e na defesa dos territórios indígenas, quilombolas, povos tradicionais.
Saiba mais sobre a Campanha em Defesa do Cerrado https://semcerrado.org.br/
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
A CESE é a marca do ecumenismo na defesa de direitos. É serviço aos movimentos populares nas lutas por justiça. Parabéns à Diretoria e equipe da CESE pela persistência e compromisso, sempre renovado nesses cinquenta anos, de preservação da memória histórica na defesa da democracia em nosso país.
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
Eu preciso de recursos para fazer a luta. Somos descendentes de grupos muito criativos, africanos e indígenas. Somos na maioria compostos por mulheres. E a formação em Mobilização de Recursos promovida pela CESE acaba nos dando autonomia, se assim compartilharmos dentro do nosso território.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
A luta antirracista é o grande mote das nossas ações que tem um dos principais objetivos o enfrentamento ao racismo religioso e a violência, que tem sido crescente no estado do Maranhão. Por tanto, a parceria com a CESE nos proporciona a construção de estratégias políticas e de ações em redes, nos apoia na articulação com parcerias que de fato promovam incidência nas políticas públicas, proposições institucionais de enfrentamento a esse racismo religioso que tem gerado muita violência. A CESE nos desafia na superação do racismo institucional, como o grande vetor de inviabilização e da violência contra as religiões de matrizes africanas.
A CESE foi criada no ano mais violento da Ditadura Militar, quando se institucionalizou a tortura, se intensificaram as prisões arbitrárias, os assassinatos e os desaparecimentos de presos políticos. As igrejas tiveram a coragem de se reunir e criar uma instituição que pudesse ser um testemunho vivo da fé cristã no serviço ao povo brasileiro. Fico muito feliz que a CESE chegue aos 50 anos aperfeiçoando a sua maturidade.
Ao longo desses 50 anos, fomos presenteadas pela presença da CESE em nossas comunidades. Nós somos testemunhas do quanto ela tem de companheirismo e solidariedade investidos em nossos territórios. E isso tem sido fundamental para que continuemos em luta e em defesa do nosso povo.
A família CESE também faz parte do movimento indígena. Compartilhamos das mesmas dores e alegrias, mas principalmente de uma mesma missão. É por um causa que estamos aqui. Fico muito feliz de poder compartilhar dessa emoção de conhecer essa equipe. Que venham mais 50 anos, mais pessoas comprometidas com esse espírito de igualdade, amor e fraternidade.
Conheço a CESE desde 1990, através da Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE) no apoio a grupos de juventude e de mulheres. Nesse sentido, foi uma organização absolutamente importante. E hoje, na função de diretor do Programa País da Heks no Brasil, poder apoiar os projetos da CESE é uma satisfação muito grande e um investimento que tenho certeza que é um dos melhores.
Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: COMUNHÃO! A CESE é uma Família. Repito: uma Família! Nos dois mandatos que estive como presidente da CESE pude experimentar a vivência fraterna e gostosa de uma equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé, histórias de vida, e tão unida pela harmonia criada pelo Espírito de Deus e pelo único desejo de SERVIR aos mais pobres e vulneráveis na conquista e defesa dos seus direitos fundamentais. Louvado seja Deus pelos 50 anos de COMUNHÃO e SERVIÇO da CESE! Gratidão por tudo e para sempre!