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<a href="https://www.cese.org.br/ato-em-homenagem-aos-martires-da-floresta-sera-um-dos-pontos-altos-do-x-forum-social-pan-amazonico/"><strong>Ato em Homenagem aos Mártires da Floresta será um dos pontos altos do X Fórum Social Pan-Amazônico</strong></a>
16 de julho de 2022
O Ato dos/as Mártires da Floresta Amazônica acontecerá no Auditório Benedito Nunes – Campus Guamá da UFPA – no dia 29 de julho a partir das 15h30 e se propõe a abordar o martírio, não como memória resignada, e sim como elemento permanente de resistência e de inspiração nas lutas de hoje.
Diversas entidades, pastorais, grupos e movimentos que lutam em defesa da vida e da Amazônia a partir de sua fé e espiritualidade se organizaram para propor, no X FOSPA, um grande evento em memória dos/as mártires. A coordenação deste evento está sob a condução do Tapiri Ecumênico Inter-religioso, que é formado por: Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE, Fórum Ecumênico ACT Brasil – FEACT, Processo de Articulação e Diálogo – PAD, CONIC, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, Conselho de Missão entre Povos Indígenas – COMIN, Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Comitê Inter-religioso do Estado do Pará, Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira – CENARAB, Comitê Dorothy, Conselho Amazônico de Igrejas Cristãs – CAIC, Comissão Pastoral da Terra – CPT, Igreja de Confissão Luterana – Belém, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil – Belém, Koinonia Presença Ecumênica, Rede Eclesial Pan- Amazônica – REPAM, Rede Igreja e Mineração, Rede Amazonizar com apoio da Fundação Ford.
O Ato homenageará vinte mártires dos países da Pan-amazônia e dos estados da Amazônia brasileira, homens e mulheres que dedicaram suas vidas em defesa da floresta. Uma homenagem especial também será feita aos povos indígenas, os grandes mártires da Amazônia.
A programação inclui cantos indígenas, homenagens aos mártires da floresta e às vítimas da Covid-19. Haverá tambores, cantos e cada país da Pan-Amazônia apresentará estandartes dos mártires de seus países e exibição de vídeos sobre a vida destes mártires. Ao final, será celebrada a esperança, com música e será lançada a publicação Mártires da Floresta Amazônica.
O ato trará um conceito mais amplo sobre quem são os mártires, para Padre Dário Bossi, atual coordenador provincial dos Combonianos no Brasil e assessor da Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM-Brasil, “Não serão celebrados somente mártires (mulheres e homens) ligados a uma ou outra igreja: queremos resgatar, muito mais amplamente, pessoas que deram a vida pela Amazônia”, complementando que “não consideramos apenas pessoas individuais: há comunidades inteiras que são mártires, no sofrimento e na aniquilação, e na organização e na resistência”.
Para a pastora, Sônia G. Mota, pastora presbiteriana e Diretora Executiva da Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE, muitos são os mártires a serem celebrados, mas não podemos deixar de reconhecer que: “Os povos indígenas são os verdadeiros mártires da Amazônia. Importantes defensores da floresta, os povos originários foram não apenas os primeiros habitantes da região, mas são também as maiores vítimas da guerra global, não declarada contra a natureza”.
Saiba mais sobre as atividades do TAPIRI ECUMENICO E INTER-RELIGIOSO AQUI
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
A gente tem uma associação do meu povo, Karipuna, na Terra Indígena Uaçá. Por muito tempo a nossa organização ficou inadimplente, sem poder atuar com nosso povo. Mas, conseguimos acessar o recurso da CESE para fortalecer organização indígena e estruturar a associação e reorganizá-la. Hoje orgulhosamente e muito emocionada digo que fazemos a Assembleia do Povo Karipuna realizada por nós indígenas, gerindo nosso próprio recurso. Atualmente temos uma diretoria toda indígena, conseguimos captar recursos e acessar outros projetos. E isso tudo só foi possível por causa da parceria com a CESE.
A família CESE também faz parte do movimento indígena. Compartilhamos das mesmas dores e alegrias, mas principalmente de uma mesma missão. É por um causa que estamos aqui. Fico muito feliz de poder compartilhar dessa emoção de conhecer essa equipe. Que venham mais 50 anos, mais pessoas comprometidas com esse espírito de igualdade, amor e fraternidade.
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
Celebrar os 50 anos da CESE é reconhecer uma caminhada cristã dedicada a defesa dos direitos humanos em todas as suas dimensões, comprometida com os segmentos mais vulnerabilizados da população brasileira. E valorizar cada conquista alcançada em cada luta travada na busca da justiça, do direito e da paz. Fazer parte dessa caminhada é um privilégio e motivo de grande alegria poder mais uma vez nos regozijar: “Grande coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres!” (Salmo 126.3)
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.
Há muito a celebrar e agradecer! Nestes anos todos, a CESE tem sido uma parceira importantíssima dos movimentos e organizações populares e pastorais sociais. Em muitos casos, o seu apoio foi e é decisivo para a luta, para a vitória da vida. Faz as exigências necessárias para os projetos, mas não as burocratiza nem as excede. O espírito solidário e acolhedor de seus agentes e funcionários faz a diferença. O testemunho de verdadeiro ecumenismo é uma das suas marcas mais relevantes! Parabéns a todos e todas que fazem a CESE! Vida longa!
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
Ao longo desses 50 anos, fomos presenteadas pela presença da CESE em nossas comunidades. Nós somos testemunhas do quanto ela tem de companheirismo e solidariedade investidos em nossos territórios. E isso tem sido fundamental para que continuemos em luta e em defesa do nosso povo.
A CESE completa 50 anos de testemunho de fé ativa no amor, faz jus ao seu nome. Desde o início, se colocou em defesa dos direitos humanos, denunciou atos de violência e de tortura, participou da discussão de grandes temas nacionais, apoiou movimentos sociais de libertação. Parabéns pela atuação profética, em prol da unidade e da cidadania. Que Deus continue a fazer da CESE uma benção para muitos.