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Associação Kaxinawa de Nova Olinda promove apoio emergencial para indígenas afetados/as pelas enchentes no Acre
17 de julho de 2024
A Associação de Seringueiros, Produtores e Artesãos Kaxinawa de Nova Olinda (ASPAKNO) recebeu apoio emergencial da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) para mitigar os efeitos das enchentes no Acre sobre a população indígena de seis comunidades afetadas pela enchente do Rio Envira. A iniciativa, parte do Programa de Pequenos Projetos, foi uma resposta às inundações que impactaram significativamente o cotidiano desses territórios.
O apoio emergencial incluiu a distribuição de cestas básicas para as famílias atingidas e a compra de ferramentas para a continuidade do trabalho agrícola nas aldeias de Nova Olinda, Formoso, Porto Alegre, Novo Segredo, Boa Vista e Yube Beru Mukaya. As famílias puderam reerguer suas produções agrícolas e garantir sua alimentação.
A escoação e venda da produção no município de Feijó são práticas comuns. Os cultivos incluem banana, macaxeira, mamão, batata, cana-de-açúcar, pupunha, pimenta-de-cheiro, melancia, amendoim, além de farinha de mandioca e goma. Aldeni Nunes de Matos, Huni Kui e tesoureiro da organização, relata as dificuldades enfrentadas: “A área em que plantávamos foi alagada e tivemos que trabalhar para alterar o local de plantio, garantindo a alimentação e a renda da comunidade através da venda da produção no mercado local e nas escolas através do Programa de Aquisição de Alimentos. O apoio foi bastante útil para isso.”
A ASPAKNO foi criada para defender os interesses econômicos e sociais de seus associados de forma mútua, através de atividades de administração, gestão, pesquisa e outras ações. A associação firma convênios com instituições públicas e privadas para promover a autossustentação e a melhoria da qualidade de vida, fortalecendo culturalmente as mulheres e os anciãos da comunidade.
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.
Celebrar os 50 anos da CESE é reconhecer uma caminhada cristã dedicada a defesa dos direitos humanos em todas as suas dimensões, comprometida com os segmentos mais vulnerabilizados da população brasileira. E valorizar cada conquista alcançada em cada luta travada na busca da justiça, do direito e da paz. Fazer parte dessa caminhada é um privilégio e motivo de grande alegria poder mais uma vez nos regozijar: “Grande coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres!” (Salmo 126.3)
A gente tem uma associação do meu povo, Karipuna, na Terra Indígena Uaçá. Por muito tempo a nossa organização ficou inadimplente, sem poder atuar com nosso povo. Mas, conseguimos acessar o recurso da CESE para fortalecer organização indígena e estruturar a associação e reorganizá-la. Hoje orgulhosamente e muito emocionada digo que fazemos a Assembleia do Povo Karipuna realizada por nós indígenas, gerindo nosso próprio recurso. Atualmente temos uma diretoria toda indígena, conseguimos captar recursos e acessar outros projetos. E isso tudo só foi possível por causa da parceria com a CESE.
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.
Ao longo desses 50 anos, fomos presenteadas pela presença da CESE em nossas comunidades. Nós somos testemunhas do quanto ela tem de companheirismo e solidariedade investidos em nossos territórios. E isso tem sido fundamental para que continuemos em luta e em defesa do nosso povo.
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
A CESE completa 50 anos de testemunho de fé ativa no amor, faz jus ao seu nome. Desde o início, se colocou em defesa dos direitos humanos, denunciou atos de violência e de tortura, participou da discussão de grandes temas nacionais, apoiou movimentos sociais de libertação. Parabéns pela atuação profética, em prol da unidade e da cidadania. Que Deus continue a fazer da CESE uma benção para muitos.
Há muito a celebrar e agradecer! Nestes anos todos, a CESE tem sido uma parceira importantíssima dos movimentos e organizações populares e pastorais sociais. Em muitos casos, o seu apoio foi e é decisivo para a luta, para a vitória da vida. Faz as exigências necessárias para os projetos, mas não as burocratiza nem as excede. O espírito solidário e acolhedor de seus agentes e funcionários faz a diferença. O testemunho de verdadeiro ecumenismo é uma das suas marcas mais relevantes! Parabéns a todos e todas que fazem a CESE! Vida longa!