CESE lança campanha: “de A a Z – escrevendo um mundo mais justo para todas as pessoas”
A Coordenadoria Ecumênica de Serviço, com 50 anos de atuação na defesa da democracia e dos direitos humanos no Brasil, lança a campanha “de A a Z – escrevendo um mundo mais justo para todas as pessoas”. No modelo “doe e ganhe”, a iniciativa tem como objetivo arrecadar recursos para o Programa de Pequenos Projeto, estratégia de ação que fortalece iniciativas populares através do apoio financeiro a projetos.
A partir de hoje (14/08) a organização trará um alfabeto próprio, de A a Z, com palavras relacionadas às causas sociais e a luta por direitos. A cada semana, a campanha apresentará no Linkedin da CESE algumas das milhares de iniciativas apoiadas pelo Programa de Pequenos Projetos e artigos sobre a importância dos Direitos Humanos no Brasil.
“Em cada post das nossas redes sociais, em especial no LinkedIn, traremos uma história conectada a uma palavra do nosso abecedário. A ideia é trazer o conceito de um mundo escrito de outra forma, onde prevaleça a justiça para todas as pessoas.”, afirma Sônia Mota, diretora executiva da CESE.
As pessoas que doarem acima de R$50,00 ganharão materiais alusivos aos 50 anos da organização. A partir dessas doações a instituição ofertará uma linda caneca ou uma das quatro camisetas da série “CESE 50 anos em Defesa dos Direitos Humanos’’, ilustrada pela artista plástica Suzana Rezende.
A campanha e o Programa de Pequenos Projetos
A campanha “de A a Z” convida as pessoas a conhecer e contribuir com grupos sociais e coletivos que enfrentam desigualdades sociais históricas e que se juntam para mudar essa realidade. A exemplo da Comunidade de Tauá, município de Barra do Ouro, no Tocantins. Através do Programa de Pequenos Projetos, a organização viabilizou a aquisição de materiais para reconstrução da casa de farinha e replantio da roça, após um incêndio com indícios de crime.
Além disso, através do programa a CESE apoiou o grupo com formação e equipamentos uma brigada de combate a incêndios com as pessoas da comunidade. Foram 20 mil reais doados pela CESE que atenderam 80 famílias gerando um ganho permanente na região.
Sônia lembra que a CESE é uma organização da sociedade civil que atua a partir da parceria com agências da cooperação internacional e da solidariedade da rede de amigos/as: “São 50 anos realizando esse trabalho de forma transparente e com muita responsabilidade. Já foram apoiados 14 mil projetos, com mais de 10 milhões de brasileiros/as beneficiados/as em todo o país. Isso só foi possível com o apoio de muita gente. Somos uma instituição independente que necessita de pessoas conectadas e solidárias para continuar lutando por justiça e equidade.”, conclui a diretora.
Como participar da Campanha
Ao realizar a contribuição, os/as doadores/as precisam enviar o comprovante de doação para o WhatsApp (71) 99978-7846, com seu nome e endereço, para o recebimento de um dos materiais “CESE 50 anos em Defesa dos Direitos Humanos’’. Frete não incluso.
Participe agora mesmo! Acompanhe as postagens da campanha de “de A a Z – escrevendo um mundo mais justo para todas as pessoas” no Linkedin da CESE e faça sua doação.
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
A luta antirracista é o grande mote das nossas ações que tem um dos principais objetivos o enfrentamento ao racismo religioso e a violência, que tem sido crescente no estado do Maranhão. Por tanto, a parceria com a CESE nos proporciona a construção de estratégias políticas e de ações em redes, nos apoia na articulação com parcerias que de fato promovam incidência nas políticas públicas, proposições institucionais de enfrentamento a esse racismo religioso que tem gerado muita violência. A CESE nos desafia na superação do racismo institucional, como o grande vetor de inviabilização e da violência contra as religiões de matrizes africanas.
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.
Há muito a celebrar e agradecer! Nestes anos todos, a CESE tem sido uma parceira importantíssima dos movimentos e organizações populares e pastorais sociais. Em muitos casos, o seu apoio foi e é decisivo para a luta, para a vitória da vida. Faz as exigências necessárias para os projetos, mas não as burocratiza nem as excede. O espírito solidário e acolhedor de seus agentes e funcionários faz a diferença. O testemunho de verdadeiro ecumenismo é uma das suas marcas mais relevantes! Parabéns a todos e todas que fazem a CESE! Vida longa!
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
A CESE não está com a gente só subsidiando, mas estimulando e fortalecendo. São cinquenta anos possibilitando que as ditas minorias gritem; intervindo realmente para que a gente transforme esse país em um lugar mais igualitário e fraterno, em que a gente possa viver como nos quilombos: comunidades circulares, que cabe todo mundo, respirando liberdade e esperança. Parabéns, CESE. Axé e luz para nós!
Eu preciso de recursos para fazer a luta. Somos descendentes de grupos muito criativos, africanos e indígenas. Somos na maioria compostos por mulheres. E a formação em Mobilização de Recursos promovida pela CESE acaba nos dando autonomia, se assim compartilharmos dentro do nosso território.
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.
Conheço a CESE desde 1990, através da Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE) no apoio a grupos de juventude e de mulheres. Nesse sentido, foi uma organização absolutamente importante. E hoje, na função de diretor do Programa País da Heks no Brasil, poder apoiar os projetos da CESE é uma satisfação muito grande e um investimento que tenho certeza que é um dos melhores.
Eu acho extraordinário o trabalho da CESE, porque ela inaugurou outro tipo de ecumenismo. Não é algo que as igrejas discutem entre si, falam sobre suas doutrinas e chegam a uma convergência. A CESE faz um ecumenismo de serviço que é ecumenismo de missão, para servir aos pobres, servir seus direitos.