CESE 50 ANOS
Memória de uma caminhada em
defesa dos Direitos Humanos
A CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço é uma organização ecumênica composta por seis igrejas cristãs, fundada em 1973 para ser uma expressão do compromisso ecumênico em defesa dos direitos humanos.
Criada no auge da Ditadura Militar, quis ser um sinal de esperança ao adotar o ecumenismo de serviço voltado para a defesa de direitos, que significa um serviço politizado para atender a demandas dos movimentos sociais e apoiar medidas efetivas que mudem a situação das populações mais vulneráveis, marginalizadas e excluídas do país. Com isso, desde aquela época, a CESE afirma um novo conceito de diaconia, superando o assistencialismo e atuando nas causas dos principais problemas sociais, colocando-se o mais próximo das populações mais vulnerabilizadas que procuram formas de organização, mobilização e educação para transformar a realidade.
Há cinco décadas, a CESE ocupa um lugar de convergência entre igrejas, fontes apoiadoras e movimentos populares, sempre no sentido de cuidar da casa comum, em defesa da justiça, da democracia e na construção do bem viver. Tem como foco de sua ação os movimentos sociais e organizações populares, expressas nas diversas formas de associativismo comunitário; grupos de base; igrejas, organizações ecumênicas e outras baseadas na fé, movimentos sociais de caráter local, regional e nacional; redes, fóruns e outras modalidades de articulação.
Desde março de 2023, a CESE está celebrando seu cinquentenário com diversas organizações e movimentos populares e ecumênico, diretoria institucional, assembleia e rede de amigos, sempre com a presença de sua equipe executiva. Confira abaixo alguns momentos das ações dos 50 anos da CESE, que continuarão no decorrer de todo o ano!
LANÇAMENTO DA CAMPANHA PRIMAVERA PARA A VIDA 2023
Veja as fotosLANÇAMENTO DA CAMPANHA PRIMAVERA PARA A VIDA
Assista o vídeoSAIU NA MÍDIA
Acesse a páginaVÍDEO MEMÓRIA EFEITO SEMENTE
Assista o vídeoCELEBRAÇÃO DA ALEGRIA E DO COMPROMISSO
Assista a mídiaCELEBRAÇÃO DA ALEGRIA E DO COMPROMISSO
Veja as fotosVIII ENCONTRO CESE E MOVIMENTOS SOCIAIS
Veja as fotos1973
Criação oficial da CESE e publicação da Cartilha da Declaração Universal dos Direitos Humanos
1982
Criação do Programa Especial de Projetos (PEP)
1983
Consulta dobre fome e seca no Nordeste, que resultou na criação do PRV - Programa de Recuperação de Vidas
1986
Lançamento do documento As Igrejas no Debate da Constituinte (CESE/CONIC) e 1ª Consulta da CESE sobre a Diaconia
1992
Cartilha de Direitos Humanos da CESE é mostrada por detentos do Carandiru na época do massacre
1999
Apoio da CESE à ASA - Articulação no seminário brasileiro para realização do Programa 1 Milhão de Cisternas (PIMC)
2001
1ª Campanha Primavera para a Vida: Você faz Diferença
* A partir de 2001, edições anuais com temas diversos
2005
1º Encontro Bienal CESE e Movimentos
* A partir de 2007 passou a ser realizado de forma articulada com o Encontro CESE/Agências
2013
2014
Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio entregue à CESE pela realização do Programa Ação para Crianças
2015
1ª Missão Ecumênica em áreas de conflito em parceria com o FEACT Brasil
*Outras 4 missões em 2016, 2017, 2019 e 2022
2022
Tapiri Ecumênico e Inter-religioso e Atp dos/das Mártires da Floresta no X Fórum Social Pan-Amazônico - FOSPA
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.
Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: COMUNHÃO! A CESE é uma Família. Repito: uma Família! Nos dois mandatos que estive como presidente da CESE pude experimentar a vivência fraterna e gostosa de uma equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé, histórias de vida, e tão unida pela harmonia criada pelo Espírito de Deus e pelo único desejo de SERVIR aos mais pobres e vulneráveis na conquista e defesa dos seus direitos fundamentais. Louvado seja Deus pelos 50 anos de COMUNHÃO e SERVIÇO da CESE! Gratidão por tudo e para sempre!
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
Celebrar os 50 anos da CESE é reconhecer uma caminhada cristã dedicada a defesa dos direitos humanos em todas as suas dimensões, comprometida com os segmentos mais vulnerabilizados da população brasileira. E valorizar cada conquista alcançada em cada luta travada na busca da justiça, do direito e da paz. Fazer parte dessa caminhada é um privilégio e motivo de grande alegria poder mais uma vez nos regozijar: “Grande coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres!” (Salmo 126.3)
A CESE é a marca do ecumenismo na defesa de direitos. É serviço aos movimentos populares nas lutas por justiça. Parabéns à Diretoria e equipe da CESE pela persistência e compromisso, sempre renovado nesses cinquenta anos, de preservação da memória histórica na defesa da democracia em nosso país.
A gente tem uma associação do meu povo, Karipuna, na Terra Indígena Uaçá. Por muito tempo a nossa organização ficou inadimplente, sem poder atuar com nosso povo. Mas, conseguimos acessar o recurso da CESE para fortalecer organização indígena e estruturar a associação e reorganizá-la. Hoje orgulhosamente e muito emocionada digo que fazemos a Assembleia do Povo Karipuna realizada por nós indígenas, gerindo nosso próprio recurso. Atualmente temos uma diretoria toda indígena, conseguimos captar recursos e acessar outros projetos. E isso tudo só foi possível por causa da parceria com a CESE.
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.
Eu acho extraordinário o trabalho da CESE, porque ela inaugurou outro tipo de ecumenismo. Não é algo que as igrejas discutem entre si, falam sobre suas doutrinas e chegam a uma convergência. A CESE faz um ecumenismo de serviço que é ecumenismo de missão, para servir aos pobres, servir seus direitos.