CESE celebra 45 anos em defesa dos Direitos Humanos
13 de junho de 201813 de junho de 2018. A nossa Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) comemora 45 anos. O momento é de comemoração, gratidão, recordação da nossa história de fé e compromisso com a causa dos mais vulneráveis e fragilizados. Bom momento também para avaliações e apresentação de propostas para a continuidade da nossa caminhada. Tudo valeu a pena! Quantas mãos, corações, cabeças, pés se envolveram para construir, com a força e a ternura do Espírito de Deus, as memórias que hoje recordamos e que nos fazem seguir adiante, com as alegrias e os desafios do nosso tempo.
Em tempos – sobretudo difíceis – de retirada de direitos humanos e sociais, a imagem que parece bem traduzir a nossa experiência da atual realidade é a de um tecido roto, esgaçado. A sociedade brasileira está como um tecido rasgado. Recompor o tecido atual, ao celebrarmos os 45 anos da CESE, é uma de nossas mais urgentes missão! Nosso propósito é colaborar, contando com muitos (as) parceiros (as), na recomposição de nosso tecido social, artesanalmente, na arte paciente e constante de tecer a Vida, a Justiça e a Paz.
O relatório que segue é uma amostra concreta das práticas da nossa Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) na recomposição do nosso tecido social tão violentado.
O arquivo está disponível aqui: https://cese.org.br/9831-2
Vamos em frente! Avancemos! Contando com a Luz do alto e reconhecendo tantos homens e mulheres de boa vontade que se colocam em nosso caminho, reafirmamos, em cada projeto apoiado e assumido por nossa CESE, como principal raiz para superação das desigualdades e o compromisso pela luta por direitos.
Grande abraço, na solidariedade e na esperança,
Pe. Marcus Barbosa Guimarães
Presidente da CESE
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
A CESE não está com a gente só subsidiando, mas estimulando e fortalecendo. São cinquenta anos possibilitando que as ditas minorias gritem; intervindo realmente para que a gente transforme esse país em um lugar mais igualitário e fraterno, em que a gente possa viver como nos quilombos: comunidades circulares, que cabe todo mundo, respirando liberdade e esperança. Parabéns, CESE. Axé e luz para nós!
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.
A família CESE também faz parte do movimento indígena. Compartilhamos das mesmas dores e alegrias, mas principalmente de uma mesma missão. É por um causa que estamos aqui. Fico muito feliz de poder compartilhar dessa emoção de conhecer essa equipe. Que venham mais 50 anos, mais pessoas comprometidas com esse espírito de igualdade, amor e fraternidade.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
A gente tem uma associação do meu povo, Karipuna, na Terra Indígena Uaçá. Por muito tempo a nossa organização ficou inadimplente, sem poder atuar com nosso povo. Mas, conseguimos acessar o recurso da CESE para fortalecer organização indígena e estruturar a associação e reorganizá-la. Hoje orgulhosamente e muito emocionada digo que fazemos a Assembleia do Povo Karipuna realizada por nós indígenas, gerindo nosso próprio recurso. Atualmente temos uma diretoria toda indígena, conseguimos captar recursos e acessar outros projetos. E isso tudo só foi possível por causa da parceria com a CESE.
A luta antirracista é o grande mote das nossas ações que tem um dos principais objetivos o enfrentamento ao racismo religioso e a violência, que tem sido crescente no estado do Maranhão. Por tanto, a parceria com a CESE nos proporciona a construção de estratégias políticas e de ações em redes, nos apoia na articulação com parcerias que de fato promovam incidência nas políticas públicas, proposições institucionais de enfrentamento a esse racismo religioso que tem gerado muita violência. A CESE nos desafia na superação do racismo institucional, como o grande vetor de inviabilização e da violência contra as religiões de matrizes africanas.