O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, 21 de janeiro, foi oficializado em 2007 através da Lei n.º 11.635, de 27 de dezembro. A data é uma homenagem à Mãe Gilda de Ogum, que morreu há 22 anos em decorrência de problemas de saúde após ter sido vítima de intolerância religiosa. Mãe Gilda e o 21 de janeiro, desde então, simbolizam a luta pela liberdade e o respeito à diversidade religiosa.
Infelizmente, as intolerâncias e violências religiosas se acentuaram nos últimos anos: o Brasil registrou, em 2023, um total de 176.055 processos judiciais envolvendo casos de racismo ou intolerância religiosa, segundo dados divulgados pela JusRacial. Atos de intolerância religiosa também alcançam de forma crescente as espiritualidades indígenas.
Segundo Sônia Mota, Diretora Executiva da CESE e Pastora da Igreja Presbiteriana Unida (IPU), os dados acima demonstram a necessidade de igrejas e organizações baseadas na fé ampliarem a promoção de ações de combate aos racismos e às intolerâncias de origem religiosa: ‘’ É urgente que assumamos o desafio de testemunhar uma prática de fé, qualquer que seja ela, voltada à resistência e a reafirmação da defesa de direitos, até de quem não professa nenhuma fé, e a coragem de denunciar os ataques racistas que as religiões de matriz africana e as espiritualidades indígenas têm sofrido. No contexto em que vivemos, assumir o diálogo entre religiões como princípio é fundamental. A máxima de que não haverá paz entre as nações se não houver paz entre as religiões mais do que nunca se torna um desafio real e concreto. Assumir e praticar que não há uma única verdade é um exercício constante. ‘’
A CESE, organização ecumênica formada por igrejas cristãs, neste 21 de janeiro, reafirma seu compromisso com a promoção do diálogo inter-religiosos pois entende que todas as pessoas são dignas de respeito e liberdade de crença, inclusive as que não professam nenhum credo. Quem tem fé abraça, acolhe e respeita! Intolerância Religiosa é Crime!