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Painel Ecumênico internacional traz luz ao papel das igrejas na resistência contra os golpes na América Latina
09 de março de 2018
Como parte da programação do Fórum Social Mundial, será realizado no dia 15 de março o Painel Ecumênico internacional, com o tema: “As igrejas na resistência aos cenários de golpe na América Latina”. A atividade terá início às 9h no Teatro do ISBA, em Ondina (Salvador-BA).
A partir de uma leitura crítica, o intuito da agenda é animar a fé e manter acesa a chama da esperança que resiste (ainda que em tempos difíceis), além de fazer ecoar o grito de todos os povos e todas as gentes massacradas no continente: indígenas, quilombolas, campesinos/as, juventudes de periferia.
Como Igrejas, como organizações inspiradas na fé, como pastorais, qual o nosso grito de resistência diante do cenário de golpes que vivemos na América Latina? Qual é a mesmo a razão da nossa fé? Qual o nosso grito de resistência profética? Para responder a todos esses questionamentos e compartilhar reflexões, inspirações, experiências e anunciações, o Painel Ecumênico convida os painelistas: Marcelo Barros (escritor e teólogo, Monge Beneditino); Cibele Kuss (pastora luterana, coordenação do Fórum Ecumênico Brasil e secretária executiva da Fundação Luterana de Diaconia-FLD); Odja Barros (pastora da Aliança de Batistas do Brasil, biblista feminista, assessora do Centro de Estudos Bíblicos – CEBI); Junior Aquino (filósofo e teólogo católico, assessora das pastorais sociais); Henrique Vieira (pastor da Aliança de Batistas, cientista social, Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito; e Diego Irarrasaval (teólogo chileno – Fórum Mundial de Teologia e Libertação).
A estimativa é que 500 pessoas estejam presentes no painel, que irá abarcar temáticas, como: atuação das organizações do movimento ecumênico, com foco na questão da defesa dos direitos e a reação das igrejas diante do cenário atual; abordagem sobre a perda de direitos das mulheres na América Latina numa perspectiva feminista; reflexão contra o avanço dos pensamentos fundamentalistas e a da intolerância religiosa; abordagem sobre o avanço do pensamento conservador e de direito na América Latina, entre outros.
A atividade será realizada em parceria entre a CESE, Cáritas Brasileira, Conselho Baiano Ecumênico de Igrejas Cristãs (CEBIC), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Comissão Pastoral dos Pescadores, Fórum Ecumênico Brasil (FE-Brasil), Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Pastorais do Campo, Comissão Episcopal de Pastoral para Ação Transformadora.
SERVIÇO
O QUE: Painel Ecumênico- As igrejas na resistência aos cenários de golpe na América Latina
QUANDO: 15 de março de 2018, das 9h às 12h
ONDE: Teatro do ISBA (Av. Oceânica, 2717, Ondina – Salvador/ BA)
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
A CESE completa 50 anos de testemunho de fé ativa no amor, faz jus ao seu nome. Desde o início, se colocou em defesa dos direitos humanos, denunciou atos de violência e de tortura, participou da discussão de grandes temas nacionais, apoiou movimentos sociais de libertação. Parabéns pela atuação profética, em prol da unidade e da cidadania. Que Deus continue a fazer da CESE uma benção para muitos.
Conheço a CESE desde 1990, através da Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE) no apoio a grupos de juventude e de mulheres. Nesse sentido, foi uma organização absolutamente importante. E hoje, na função de diretor do Programa País da Heks no Brasil, poder apoiar os projetos da CESE é uma satisfação muito grande e um investimento que tenho certeza que é um dos melhores.
A CESE não está com a gente só subsidiando, mas estimulando e fortalecendo. São cinquenta anos possibilitando que as ditas minorias gritem; intervindo realmente para que a gente transforme esse país em um lugar mais igualitário e fraterno, em que a gente possa viver como nos quilombos: comunidades circulares, que cabe todo mundo, respirando liberdade e esperança. Parabéns, CESE. Axé e luz para nós!
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.
Ao longo desses 50 anos, fomos presenteadas pela presença da CESE em nossas comunidades. Nós somos testemunhas do quanto ela tem de companheirismo e solidariedade investidos em nossos territórios. E isso tem sido fundamental para que continuemos em luta e em defesa do nosso povo.
Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: COMUNHÃO! A CESE é uma Família. Repito: uma Família! Nos dois mandatos que estive como presidente da CESE pude experimentar a vivência fraterna e gostosa de uma equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé, histórias de vida, e tão unida pela harmonia criada pelo Espírito de Deus e pelo único desejo de SERVIR aos mais pobres e vulneráveis na conquista e defesa dos seus direitos fundamentais. Louvado seja Deus pelos 50 anos de COMUNHÃO e SERVIÇO da CESE! Gratidão por tudo e para sempre!
A família CESE também faz parte do movimento indígena. Compartilhamos das mesmas dores e alegrias, mas principalmente de uma mesma missão. É por um causa que estamos aqui. Fico muito feliz de poder compartilhar dessa emoção de conhecer essa equipe. Que venham mais 50 anos, mais pessoas comprometidas com esse espírito de igualdade, amor e fraternidade.
A gente tem uma associação do meu povo, Karipuna, na Terra Indígena Uaçá. Por muito tempo a nossa organização ficou inadimplente, sem poder atuar com nosso povo. Mas, conseguimos acessar o recurso da CESE para fortalecer organização indígena e estruturar a associação e reorganizá-la. Hoje orgulhosamente e muito emocionada digo que fazemos a Assembleia do Povo Karipuna realizada por nós indígenas, gerindo nosso próprio recurso. Atualmente temos uma diretoria toda indígena, conseguimos captar recursos e acessar outros projetos. E isso tudo só foi possível por causa da parceria com a CESE.
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.