Sou Evangélico / Evangélica e acredito na Democracia!
19 de setembro de 2022
O atual contexto político-eleitoral tem insuflado vertentes com tendências fundamentalistas do cristianismo. Presidenciáveis disputam a atenção e mobilizam potenciais eleitores. Reforçando dualismos como o do bem contra o mal, moldam seus discursos para comunicar-se com pessoas evangélicas e/ou católicas romanas.
Há, ainda, as candidaturas que decidiram por reforçar o racismo religioso contra tradições de matriz africana, mobilizando antigos imaginários de que as religiões de matriz africana representam o mal e tornam impuros os espaços da política representativa.
Ao contrário do que ocorre hoje, campanhas eleitorais devem viabilizar espaços de diálogo e debates sobre o Brasil que temos e o Brasil que queremos. Deveriam aprofundar as questões estruturais que precisam ser transformadas, para que nossa democracia de 37 anos se consolide, garantindo maior participação e representação, diminuindo privilégios, superando o racismo e garantindo a liberdade religiosa a todas as pessoas, sem exceções.
No Brasil, a tradição cristã, historicamente, consolidou uma hegemonia numérica, política e econômica. É por isso que no centro das disputas estão as comunidades dessa vertente. As campanhas, discursos, gestos e posturas de candidatos e candidatas tendem a aprofundar velhos e infundados medos e preconceitos, impulsionando ódios e atitudes violentas como estratégia de mobilização política.
Considerando o histórico de altos índices de violência da sociedade brasileira, cujos civis em 2022 dispõem de ainda mais facilidades para a aquisição de armas de fogo ou mesmo já as possuem, o atual momento político eleitoral torna-se tenso e propenso a atos violentos. A associação de símbolos cristãos com a cultura armamentista pode se desdobrar em crimes, como o ocorrido, recentemente, em Foz do Iguaçu.
Campanha
A campanha #SouEvangelico e Acredito na Democracia tem como objetivo ser um contraponto aos discursos e frentes fundamentalistas e antidemocráticas, mediante o diálogo com o público evangélico, afirmando as afinidades entre fé cristã e democracia.
Na campanha, pessoas cristãs foram convidadas a reafirmar a segurança das urnas eletrônicas; o respeito ao resultado das eleições; a importância de votar em grupos sub-representados para que as instituições políticas reflitam melhor a composição da sociedade brasileira; e que a Igreja não seja espaço para campanha político-eleitoral.
Lançamento e coletiva de imprensa
O lançamento da campanha foi no dia 12 de setembro, às 20h (BRT), com uma coletiva on-line que teve como participantes a reverenda Ana Ester, o reverendo Bob Luiz Botelho, o pastor Eliel Batista, o cantor Leonardo Gonçalves, a líder jovem Luliane Santos, a pastora Odja Barros e a secretária-geral do CONIC, a também pastora Romi Bencke.
Clique aqui e veja como foi o lançamento.
Realização
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
Revista Zelota
Ajude a divulgar
Acompanhe os posts da campanha feitos no Facebook do CONIC e, também, no Facebook da Revista Zelota.
Informações
Jonathan Monteiro | +55 21 94430 9036 | jonathaniasd@fazbem.com
Editor – Revista Zelota
Assessoria CONIC | comunicacao@conic.org.br
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
A CESE não está com a gente só subsidiando, mas estimulando e fortalecendo. São cinquenta anos possibilitando que as ditas minorias gritem; intervindo realmente para que a gente transforme esse país em um lugar mais igualitário e fraterno, em que a gente possa viver como nos quilombos: comunidades circulares, que cabe todo mundo, respirando liberdade e esperança. Parabéns, CESE. Axé e luz para nós!
A CESE é a marca do ecumenismo na defesa de direitos. É serviço aos movimentos populares nas lutas por justiça. Parabéns à Diretoria e equipe da CESE pela persistência e compromisso, sempre renovado nesses cinquenta anos, de preservação da memória histórica na defesa da democracia em nosso país.
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
Celebrar os 50 anos da CESE é reconhecer uma caminhada cristã dedicada a defesa dos direitos humanos em todas as suas dimensões, comprometida com os segmentos mais vulnerabilizados da população brasileira. E valorizar cada conquista alcançada em cada luta travada na busca da justiça, do direito e da paz. Fazer parte dessa caminhada é um privilégio e motivo de grande alegria poder mais uma vez nos regozijar: “Grande coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres!” (Salmo 126.3)
A CESE completa 50 anos de testemunho de fé ativa no amor, faz jus ao seu nome. Desde o início, se colocou em defesa dos direitos humanos, denunciou atos de violência e de tortura, participou da discussão de grandes temas nacionais, apoiou movimentos sociais de libertação. Parabéns pela atuação profética, em prol da unidade e da cidadania. Que Deus continue a fazer da CESE uma benção para muitos.
Ao longo desses 50 anos, fomos presenteadas pela presença da CESE em nossas comunidades. Nós somos testemunhas do quanto ela tem de companheirismo e solidariedade investidos em nossos territórios. E isso tem sido fundamental para que continuemos em luta e em defesa do nosso povo.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.