CESE apoia lançamento de publicação “Histórias de Mulheres Negras na Bíblia”
24 de julho de 2021
Ao contrário do que o embranquecimento imposto pela estética do colonialismo tenta pregar, mulheres negras, inteligentes, sábias e poderosas estão sim presentes na Bíblia. A publicação “Histórias de Mulheres Negras na Bíblia” surge para jogar luz a esse fato e também na busca por equidade de gênero e raça, principalmente nos espaços de fé cristã ou que dialogam com o cristianismo. Trata-se de uma obra lúdica e acessível a pessoas de todas as idades.
O livro, de autoria de Bianca Daébs e Maíse Silva com ilustrações de Luana Moreira, foi lançado no último domingo, 25 de julho, data que também motiva a sua existência, pois é quando se celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina-Americana e Caribenha, e o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A publicação é uma iniciativa do Empodere Sua Irmã, projeto de comunicação da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, e do CEBIC – Conselho Ecumênico Baiano de Igrejas Cristãs.
A CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço apoia esta publicação por se tratar de uma obra que se alinha às suas políticas institucionais e também por entender que é fundamental levar para dentro das igrejas as pautas de gênero e raça. Este livro revela a história de mulheres negras que são protagonistas dentro da Bíblia e vem para enegrecer um cristianismo que é extremamente branco.
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Sobre as autoras:
Bianca Daébs é Teóloga Feminista, Reverenda Anglicana, Integrante do Conselho Baiano de Igrejas Cristãs e do Coletivo
Mulheres, Políticas Públicas e Sociedade – MUPPS e Assessora para ecumenismo e diálogo inter-religioso da CESE.
Maíse Silva é Bióloga, pesquisadora, Integrante do Coletivo Mulheres Políticas Públicas e Sociedade – MUPPS, articuladora social e cultural e membro da gestão colegiada da Biblioteca Comunitária Esperança.
Luana Moreira Santos é adolescente, estudante do ensino médio e artista interessada nas artes plásticas. É soteropolitana com orgulho e tem na arte um refúgio tanto para lazer quanto para se expressar. Luana é colaboradora do Empodere sua Irmã e do Conselho Ecumênico Baiano de Igrejas cristãs – CEBIC.
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.
A luta antirracista é o grande mote das nossas ações que tem um dos principais objetivos o enfrentamento ao racismo religioso e a violência, que tem sido crescente no estado do Maranhão. Por tanto, a parceria com a CESE nos proporciona a construção de estratégias políticas e de ações em redes, nos apoia na articulação com parcerias que de fato promovam incidência nas políticas públicas, proposições institucionais de enfrentamento a esse racismo religioso que tem gerado muita violência. A CESE nos desafia na superação do racismo institucional, como o grande vetor de inviabilização e da violência contra as religiões de matrizes africanas.
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.
A CESE completa 50 anos de testemunho de fé ativa no amor, faz jus ao seu nome. Desde o início, se colocou em defesa dos direitos humanos, denunciou atos de violência e de tortura, participou da discussão de grandes temas nacionais, apoiou movimentos sociais de libertação. Parabéns pela atuação profética, em prol da unidade e da cidadania. Que Deus continue a fazer da CESE uma benção para muitos.
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.
Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: COMUNHÃO! A CESE é uma Família. Repito: uma Família! Nos dois mandatos que estive como presidente da CESE pude experimentar a vivência fraterna e gostosa de uma equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé, histórias de vida, e tão unida pela harmonia criada pelo Espírito de Deus e pelo único desejo de SERVIR aos mais pobres e vulneráveis na conquista e defesa dos seus direitos fundamentais. Louvado seja Deus pelos 50 anos de COMUNHÃO e SERVIÇO da CESE! Gratidão por tudo e para sempre!
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
Eu preciso de recursos para fazer a luta. Somos descendentes de grupos muito criativos, africanos e indígenas. Somos na maioria compostos por mulheres. E a formação em Mobilização de Recursos promovida pela CESE acaba nos dando autonomia, se assim compartilharmos dentro do nosso território.
Conheço a CESE desde 1990, através da Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE) no apoio a grupos de juventude e de mulheres. Nesse sentido, foi uma organização absolutamente importante. E hoje, na função de diretor do Programa País da Heks no Brasil, poder apoiar os projetos da CESE é uma satisfação muito grande e um investimento que tenho certeza que é um dos melhores.
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.