Juventude Negra e seu Corres
18 de dezembro de 2019O encontro ‘Juventude Negra e seus Corres’, acontece nos dias 17 e 18 de dezembro, na Associação de Moradores de Plataforma (Ampla), a partir das 18h, em Salvador (BA). A entrada é gratuita.
A ação terá como temas a ‘Participação Política, Renda e Economia Solidária’, com atividade como roda de conversa, sarau, grupos de trabalho e lançamento da cartilha “Tutorial da Quebrada – Sobrevivendo ao Sistema”.
O evento tem como finalidade promover um espaço de discussão entre coletivos formados por jovens da cidade de Salvador e Região Metropolitana de Salvador (RMS).
O encontro começou na noite de ontem (17), às 18h com a Mesa de Abertura “Juventude Negra e seus Corres” e lançamento da cartilha “Tutorial da Quebrada”, que traz informações com dados e encaminhamentos de denúncias sobre feminicídio, lgbtfobia, direito à cidade, racismo (intolerância religiosa e violência policial). Eduardo Machado, articulador político da CIPÓ e educador do projeto Juventude Negra e Participação Política explica que o “Tutorial da Quebrada – Sobrevivendo ao Sistema” é uma ferramenta de proteção e de criação de estratégias no combate ao genocídio da juventude negra e de enfrentamento ao racismo que foi pensada e criada pelos jovens.
Hoje, 18 (quarta-feira) das 8h até 12h30, acontecerão as Mesas Temáticas: “Juventude Negra e Participação Política” e “Juventude, Renda e Economia Solidária”. Das 14h às 16h, acontecerão grupos de trabalho com 4 eixos temáticos: Estratégias coletivas de obtenção de renda protagonizada por jovens; Juventude Negra e Espaços de Poder; Estratégias de Resistência diante do Ataque a Direitos na atual Conjuntura; Juventude e seus corres: estratégias de obtenção de renda da geração Nem-Nem.
O encerramento contará com apresentações culturais das 17h às 19h.
Projeto Ampliar a Relevância, o Reconhecimento e o Impacto da Atuação das OSCs no Brasil
‘Juventude Negra e seus Corres’ é uma ação do projeto Juventude Negra e Participação Política da Cipó Comunicação Interativa, apoiada pela CESE, ABONG – Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais, Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA) e Centro de Assessoria Multiprofissional (CAMP), através do Projeto Ampliar a Relevância, o Reconhecimento e o Impacto da Atuação das OSCs no Brasil, financiado pela União Europeia.
Nota com informações da Vibes.Bahia do Portal Ibahia.
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
A família CESE também faz parte do movimento indígena. Compartilhamos das mesmas dores e alegrias, mas principalmente de uma mesma missão. É por um causa que estamos aqui. Fico muito feliz de poder compartilhar dessa emoção de conhecer essa equipe. Que venham mais 50 anos, mais pessoas comprometidas com esse espírito de igualdade, amor e fraternidade.
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.
A gente tem uma associação do meu povo, Karipuna, na Terra Indígena Uaçá. Por muito tempo a nossa organização ficou inadimplente, sem poder atuar com nosso povo. Mas, conseguimos acessar o recurso da CESE para fortalecer organização indígena e estruturar a associação e reorganizá-la. Hoje orgulhosamente e muito emocionada digo que fazemos a Assembleia do Povo Karipuna realizada por nós indígenas, gerindo nosso próprio recurso. Atualmente temos uma diretoria toda indígena, conseguimos captar recursos e acessar outros projetos. E isso tudo só foi possível por causa da parceria com a CESE.
Celebrar os 50 anos da CESE é reconhecer uma caminhada cristã dedicada a defesa dos direitos humanos em todas as suas dimensões, comprometida com os segmentos mais vulnerabilizados da população brasileira. E valorizar cada conquista alcançada em cada luta travada na busca da justiça, do direito e da paz. Fazer parte dessa caminhada é um privilégio e motivo de grande alegria poder mais uma vez nos regozijar: “Grande coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres!” (Salmo 126.3)
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.
A luta antirracista é o grande mote das nossas ações que tem um dos principais objetivos o enfrentamento ao racismo religioso e a violência, que tem sido crescente no estado do Maranhão. Por tanto, a parceria com a CESE nos proporciona a construção de estratégias políticas e de ações em redes, nos apoia na articulação com parcerias que de fato promovam incidência nas políticas públicas, proposições institucionais de enfrentamento a esse racismo religioso que tem gerado muita violência. A CESE nos desafia na superação do racismo institucional, como o grande vetor de inviabilização e da violência contra as religiões de matrizes africanas.
Conheço a CESE desde 1990, através da Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE) no apoio a grupos de juventude e de mulheres. Nesse sentido, foi uma organização absolutamente importante. E hoje, na função de diretor do Programa País da Heks no Brasil, poder apoiar os projetos da CESE é uma satisfação muito grande e um investimento que tenho certeza que é um dos melhores.