Roda de Diálogo e Exposição ”Arpilleras: Bordando a Resistência”

Na semana que se celebra o DIA INTERNACIONAL DE LUTA CONTRA AS BARRAGENS, EM DEFESA DOS RIOS E DA VIDA (14 de março), o MAB inicia uma série de ações que irão ocorrer nos dias 12/03 a 22/03 no Museu de Arte da Bahia e na cidade de Salvador, com o apoio da CESE, IPAC e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Participe!

Confira a programação:

MULHERES, ÁGUA E ENERGIA, NÃO SÃO MERCADORIAS!!!

Água e energia têm se tornado mercadorias como tantas outras, passíveis de serem compradas e vendidas pelo preço que interessar aos capitalistas, sofremos um processo de mercantilização dos bens naturais que deixam de atender as necessidades humanas para gerar lucro as transnacionais. Na vida dos atingidos e atingidas a situação é ainda mais grave: diversos direitos humanos são violados, em uma lógica perversa de que somos “custos” para a obra.

O MAB (Movimento dos Atingidos e Atingidas por Barragens), através da organização popular e da luta tem questionado essa lógica de mercado, adotada no Brasil, e denunciado à construção das barragens e ao modelo energético como um todo que onera a população com aumentos permanentes na conta de luz.

Na mostra “Arpilleras: Bordando a Resistência”, que acontecerá no Museu de Arte da Bahia de 12 a 22 de março, o Coletivo Nacional de Mulheres do MAB, expõe um recorte das graves violações dos direitos humanos sofridas, principalmente pelas mulheres, nas grandes obras que sangram rios e pessoas no Brasil. Cada peça exposta traz, de maneira artística, criativa e contundente, o testemunho diante da destruição de laços comunitários, a violência contra a mulher, a ausência de políticas públicas, o abuso no preço de luz e outras violações, que são temas comuns que permeiam a vida de todas as mulheres.

Nossas vidas precisam ser costuradas, precisamos encontrar o fio, a juta, a linha que irá reconstruir um sentido. Boa parte desse caminho se revela na organização da resistência às barragens. Assim as Arpilleras têm sido um caminho para denunciar nossas histórias negadas.