Eventos, Planejamento, Monitoramento e Avaliação de ações de mobilização de recursos foram os focos da 2ª etapa do Curso sobre Mobilização de Recursos Locais, realizado pela CESE, em Salvador (BA), entre os dias 6 e 7 de novembro.
A formação faz parte do Programa Virando o Jogo, programa de apoio ao fortalecimento de organizações nas áreas de mobilização de recursos locais e incidência política – uma iniciativa da agência de cooperação holandesa Wilde Ganzen, em conjunto com Smile Foundation (Índia), KCDF (Quênia) e CESE (Brasil), com o apoio do governo holandês.
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A iniciativa reuniu representantes de 12 organizações populares de diversos segmentos, como povos indígenas, juventude e infância, organização ecumênica, entidade de assessoramento às comunidades tradicionais e movimentos sociais de juventude, do campo e de mulheres negras.
Para começar os trabalhos, cada participante apresentou o contexto de lutas de suas realidades, relatando como o processo eleitoral do Brasil fortaleceu a caminhada das organizações e dos movimentos. Palavras como: Diálogo, Fé, Povo, Força, Gente, Coletivo, Parceria, Comunidade e Esperança compuseram os sentimentos e as ideias comuns para a afirmação de defesa de direitos e continuidade dos trabalhos por justiça e democracia.
Um leque diversificado de ferramentas e atividades práticas foi utilizado para a compreensão sobre as diversas etapas do ciclo de Mobilização de Recursos. Além, da abordagem de aprendizagem on-line através do Portal Virando o Jogo, com elaboração de exercícios e acesso a novos materiais sobre o tema.
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Uma mística ecumênica marcou o encerramento da formação. Marilda Ponciano, do Centro de Estudos Bíblicos de Minas Gerais (CEBI-MG), trouxe para o grupo textos da vida e da Bíblia como fonte de inspiração para enfrentar o atual momento político de retrocessos de direitos. Para ela: “São nos momentos mais difíceis da vida, quando parece não haver luz no final do túnel, que é possível acontecer as mais inspiradoras e libertadoras transformações.” E completou: “É hora de criatividade, esperança, resistência e união.”.
Por fim, Lucyvanda Moura, facilidade do curso, fechou o momento com um trecho da canção “Lute” do cantor e compositor de reggae Edson Gomes: “Vamos levante e lute!/ Vamos levante e ajude!/ Vamos levante e grite!/Vamos levante agora!/ Que a vida não parou/ A vida não pára aqui/ A luta não acabou/ E nem acabará/ Só quando a liberdade raiar.”.
Roda de Diálogo sobre a “Sustentabilidade Política das Organizações da Sociedade Civil Pós Eleições 2018.”
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Na ocasião, a CESE realizou uma Roda de Diálogo sobre a “Sustentabilidade Política das Organizações da Sociedade Civil Pós Eleições 2018.” O encontrou contou com a mediação de Lucyvanda Moura, e com exposição dialogada de Eliana Rolemberg, vice-diretora do Conselho Estadual de Fomento e Colaboração (CONFOCO); Renato Cunha, diretor executivo do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá); Piedade Marques, coordenadora da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco; e Maurício Correia, coordenador da Associação de Advogados/as de Trabalhadores/as Rurais da BAHIA (AATR-BA).
A performance teatral da Escola de Formação Artística Bumbá, abriu a roda de conversa na noite do dia 06 (terça-feira) com a Esquete “A menina preta da periferia” e envolveu os/as convidados/as na discussão sobre os possíveis cenários para o País nos próximos quatro anos de governo. O ato foi encerrado com a emocionante apresentação “Comunidade VIVA: eu não te darei armas te darei flores”. De mãos dadas e segurando rosas brancas a plenária ecoou: “Ninguém solta a mão de ninguém”.