De volta do recesso de final de ano, com as forças renovadas, iniciamos o ano levando solidariedade aos atingidos pela tragédia em Brumadinho.
25 de janeiro completou um ano do rompimento da Barragem I da mineradora Vale S. A., onde 272 pessoas foram mortas por um avalanche de lama de rejeito de minério. Desde a tragédia, o PAD tem apoiado junto com a agência Heks-Eper a brigada do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
O apoio teve por objetivo fortalecer a organização e o trabalho de mobilização das famílias atingidas pelo rompimento das barragens de rejeitos, desde Brumadinho ao rio São Francisco, visando a conquista coletiva de reparações e indenizações justas e iniciar debate sobre Direitos Humanos e Empresas.
Em janeiro de 2020, Vicente Puhl — diretor da Heks-Eper e integrante da coordenação do PAD e nossa jornalista, Kátia Visentainer estiveram em Brumadinho acompanhando os eventos que lembraram 1 ano da tragédia de Brumadinho e as atividades do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
No dia 24 de janeiro participaram do Seminário Internacional do MAB, que aconteceu na cidade de Betim (MG). O seminário fez parte da programação da Jornada de Lutas, que teve início dia 20 de janeiro, na capital mineira.
O movimento terminou a caminhada no sábado, 25 de janeiro com ato e missa em Brumadinho e no Córrego do Feijão.
Em nota o MAB afirmou:
“Neste contexto, exigimos: — que as buscas pelas 11 pessoas ainda não encontradas debaixo da lama não sejam interrompidas. — a garantida do auxílio emergencial a todos os atingidos sem discriminação; — a homologação de forma imediata da contratação das assessorias técnicas; — a aprovação do Política Nacional dos Atingidos por Barragens (PNAB), que tramita no Senado Federal”.
Na manhã do dia 25 de janeiro, foi realizada uma missa na comunidade do Córrego do Feijão, zona rural de Brumadinho, local onde houve o rompimento da barragem da Vale.
A cerimônia foi em homenagem às vítimas do crime da Vale. Antes de iniciar a celebração, foi feita uma mística com o sino da capela tocando 272 vezes, na lembrança dos que partiram.
Atingidos que participaram da Marcha: 1 ano do crime da Vale em Brumadinho prestaram solidariedade ao luto dos atingidos do Córrego do Feijão e jogaram flores na beira do rio em sinal de respeito ao sofrimento; e realizaram uma caminhada para observar o cenário do crime. Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça.
Fonte – PAD
Kátia Visenteiner
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