

A 2ª edição da Marcha das Mulheres Negras traz como tema “Por Reparação e Bem Viver” e os movimentos de mulheres negras baianas já estão se mobilizando para participar da iniciativa, que acontecerá em novembro na capital do país. Com o apoio recebido da CESE, a Rede de Mulheres Negras da Bahia irá desenvolver, entre julho e setembro, ações para fortalecer a articulação das mulheres negras de Salvador e interior, com foco na Marcha.
A Rede de Mulheres Negras da Bahia é uma organização de referência no combate ao racismo, ao machismo e sexismo na Bahia. Foi fundada em 2013, com o principal objetivo de organizar a Marcha de Mulheres Negras de 2015.


Suely Santos, integrante da Rede, explica a importância do slogan da Marcha. “Não haverá possibilidade de Bem Viver sem Reparação. O Bem Viver questiona o colonialismo e o eurocentrismo. Sua proposta contraria as relações de poder instituídas que estabeleceu o atual modelo de desenvolvimento. O Bem Viver é pensado fora desse formato convencional no qual o economicismo é seu eixo central”, aponta. “Por isso, a Reparação – histórica – é o caminho para o Bem Viver, considerando que exige o reconhecimento e compensação pelos danos causados pelo colonialismo, incluindo a exploração econômica, a violência, a escravidão, a destruição da cultura e a imposição desse sistema político e social.”
Nesse sentido, o principal objetivo do projeto apoiado é organizar ações impulsionadoras para organização, formação e incidência política, entre elas: rodas de conversa para impulsionar os debates; sessão especial comemorativa dos 10 anos da Rede de Mulheres Negras da Bahia; seminário estadual para avaliação conjuntural da Marcha de Mulheres Negras.
A Rede pretende levar 200 mulheres para a Marcha – cheias de expectativas, com as memórias ainda frescas dos efeitos da última edição. “A Marcha foi o evento capaz de organizar e articular mulheres negras em todo o Brasil, possibilitando sua organização nacional. O movimento de mulheres negras vem gradativamente se articulando desde a década de 80, mas é a Marcha o evento que possibilita sua visibilidade e mostrar que é possível um projeto político, uma forma de pensar a sociedade brasileira, a partir das mulheres negras”, pondera Suely Santos, de olho na edição 2025 da iniciativa.
Programa de Pequenos Projetos
Desde a sua fundação, a CESE definiu o apoio a pequenos projetos como a sua principal estratégia de ação para fortalecer a luta dos movimentos populares por direitos no Brasil.
Quer enviar um projeto para a CESE? Aqui uma lista com 10 exemplos de iniciativas que podem ser apoiadas:
1. Oficinas ou cursos de formação
2. Encontros e seminários
3. Campanhas
4. Atividades de produção, geração de renda, extrativismo
5. Manejo e defesa de águas, florestas, biomas
6. Mobilizações e atos públicos
7. Intercâmbios – troca de experiências
8. Produção e veiculação de materiais pedagógicos e informativos como cartilhas, cartazes, livros, vídeos, materiais impressos e/ou em formato digital
9. Ações de comunicação em geral
10. Atividades de planejamento e outras ações de fortalecimento da organização
Clique aqui para enviar seu projeto!Mas se você ainda tiver alguma dúvida, clica aqui.