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A espiritualidade indígena será o assunto da próxima live da Série “Diálogos Ecumênicos e Inter-religiosos”, uma realização da Coordenadoria Ecumênica de Serviço. A roda de diálogo trará intercâmbios, denúncias, cantos e promete vibrar fé e esperança, a partir da representação de lideranças indígenas de diversas regiões do Brasil, abrindo à audiência os saberes, a força e a resistência dos povos originários brasileiros. A mediação ficará por conta de Mara Vanessa Fonseca Dutra, da equipe de assessoria de projetos e formação da CESE.

A roda de diálogo acontece em um momento desafiador, do ponto de vista político e sanitário – o que vulnerabiliza especialmente povos tradicionais e indígenas. Com a interiorização progressiva do coronavírus, estão confirmados até o momento (22/07) 16.656 casos de indígenas contaminados pelo vírus e 542 falecidos, atingindo 143 povos (dados mais recentes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).

A perda de líderes anciões tem trazido uma desestabilização de referencial inestimável para as comunidades indígenas. É comum que os mais velhos sirvam de conselheiros e guardiães de sabedoria e tradições em sociedades caracterizadas pela transmissão oral da história, das tradições e informações de gerações anteriores. “[A epidemia] está sendo uma das formas de destruição de nosso povo, a morte dos nossos sábios, nossos velhos, nossos conhecedores”, afirmou o Movimento Munduruku Ipereg Agu, em nota de pesar, divulgada pelo Nexo (https://cutt.ly/ea0E7ms)

Outro desafio que se coloca é o aumento das queimadas e do desmatamento. O desmatamento da Amazônia em abril foi o maior dos últimos dez anos, com 529 km² da floresta derrubada. Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Já o desmatamento na região cresceu 24% no primeiro semestre de 2020 e bateu o recorde dos últimos dez anos.

Convidadas e convidados da live

*Telma Taurepang

Originária da Comunidade Indígena Mangueira, em Roraima, Telma passou a dedicar sua vivência à busca pelo reconhecimento e pelos direitos das mulheres indígenas. Professora e acadêmica em Antropologia, é coordenadora geral da União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB), que atua em nove estados da região amazônica.

*Cacique Babau

Rosivaldo Ferreira da Silva, o cacique Babau, é liderança da aldeia Tupinambá da Serra do Padeiro (BA), conhecido pela sua contundente atuação na luta pela sobrevivência do seu povo.

*Ibã Huni Kuin

Ibã Sales, cacique, xamã, professor, educador, artista plástico e ativista, é mestre pela Universidade Federal do Acre e doutorando em Antropologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Mestre dos cantos da aldeia Chico Curumim (uma das 34 pertencentes ao povo Huni Kuin no oeste do Acre, na divisa do Brasil com o Peru), Ibã é uma das lideranças mais respeitadas dos Huni Kuin (etnia que é chamada de Kaxinawá na documentação da Funai).

*Elisa Pankararu

Elisa Urbano Ramos, do Povo Pankararu, é Mestre em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco e coordenadora do Departamento de Mulheres Indígenas da APOINME (Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espirito Santo).

*Cíntia Guajajara

Cintia Guajajara é mestra pelo Mestrado Profissional em Linguística e Línguas Indígenas, do Museu Nacional – Universidade Federal do Rio de Janeiro. É vice- coordenadora da Articulação das Mulheres Indígenas do Maranhão (AMIMA), Conselheira da União das Mulheres Indígenas da Amazônia (UMIAB) e Secretaria Executiva da COICA.

*Shirley Krenak

Shirley pertence ao povo indígena Krenak, do leste de Minas Gerais. Formada em publicidade e propaganda, atua na defesa dos direitos indígenas e dos rios sagrados contra a mineração. É escritora indígena, com livros publicados: “A onça protetora” e “Cartilha Krenak”. É coordenadora pedagógica de cursos de extensão voltados para a história indígena do Brasil, desenvolvido em parceria com Núcleo de Agroecologia da Universidade Federal de Juiz de Fora – Campus Governador Valadares. Desenvolve trabalhos terapêuticos ancestrais voltados para a cura e para o despertar do ser humano.

*Graciela Chamorro

Graciela Chamorro é teóloga, doutora em Antropologia e professora aposentada de História Indígena na Universidade Federal da Grande Dourados (Mato Grosso do Sul).

Atualmente dirige a Associação Cultural CASULO, onde promove encontro entre indígenas e não indígenas, por meio da pesquisa da Música Indígena e do ensino da língua Kaiowa.

*Participação em vídeo de Nhandeci Alda kaiowá.

PROGRAMAÇÃO

O QUE: Live Diálogos Ecumênicos e Inter-religiosos / Tema: “Espiritualidade indígena”

ONDE: https://www.youtube.com/watch?v=jABixmNZt-A   – Inscreva-se já e ative o sininho para ser avisado(a)!

QUANDO: Quarta-feira (29 de julho) às 17h – Horário de Brasília