“Comunicação nos trouxe voz”, afirmam comunicadoras indígenas na Amazônia e Cerrado

No dia internacional da mulher indígena, dia da Amazônia e na semana do dia do Cerrado (11), a CESE lança resultado do mapeamento de comunicadoras Indígenas

O mapeamento de comunicadoras indígenas é uma ação fundamental para promover a visibilidade e o fortalecimento das vozes dessas mulheres nos meios de comunicação. A iniciativa fortalece as vozes e a presença das mulheres indígenas no campo da comunicação e traz uma visão abrangente das habilidades, experiências e necessidades das comunicadoras mapeadas.

Essa é uma atividade que integra o projeto “Patak Maymu: Autonomia e participação das mulheres indígenas da Amazônia e do Cerrado na defesa de seus direitos”, realizado pela Cese com apoio e financiamento da União Europeia, que tem a finalidade de fortalecer o protagonismo de mulheres indígenas e suas organizações dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Muitas vezes, as vozes das mulheres indígenas são marginalizadas ou ignoradas pelos meios de comunicação dominantes. O papel das mulheres na comunicação é importante para o fortalecimento do movimento pelos direitos dos povos indígenas. Elas ajudam a moldar a narrativa pública, desafiam injustiças e promovem mudanças positivas, desempenhando um papel vital na luta pela igualdade e justiça para suas comunidades.

O mapeamento mostra a diversidade de experiências e enfoques das comunicadoras indígenas, além de destacar os desafios específicos enfrentados por elas. 

Realização do mapeamento de comunicadoras indígenas

O processo de mapear as comunicadoras indígenas aconteceu em três fases, em que a metodologia de realização do mapeamento previu a jornada dessas etapas e se manteve aberta para que os achados de uma fase validassem a sequência do trabalho na etapa seguinte. Contou com a participação de 121 mulheres de 58 povos, com faixa etária entre 15 a 55 anos. 

A primeira fase foi a Coleta coletiva presencial, realizada em Fevereiro de 2024 no Mato Grosso do Sul, durante o Encontro de “Mulheres Indígenas do Cerrado”. A segunda foi a Pesquisa digital, realizada por meio de formulário online aplicado entre 23 de fevereiro e 18 de março, e a terceira, a Entrevistas em profundidade, realizadas de forma síncrona entre 11 a 29 de maio de 2024, por meio de plataforma digital em vídeo.

Através desse mapeamento, é possível identificar e destacar as contribuições dessas comunicadoras, promovendo maior visibilidade e reconhecimento de suas histórias e perspectivas. Essa ação também ajuda a criar redes de apoio e colaboração entre comunicadoras de diferentes regiões, o que pode fortalecer suas iniciativas e ampliar o alcance de suas mensagens.

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