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Durante as últimas semanas de setembro, a CESE recebeu na sua sede representantes de povos indígenas, com o objetivo de iniciar mais um processo de vivência para melhorar a compreensão sobre esses povos, conhecer o histórico de violações de direitos e identificar desafios para essas populações, em torno da futura parceria entre CESE e COIAB.
A CESE escutou os relatos de Ariabo Quezo, povo Balotiponé, do território Umutina, Barra do Bugres (MT); Ângela Amanakwa Kaxuyana, pertencente ao povo Kahyana – Kaxuyana (PA); Idjawala Rosa Karajá, povo Karajá da Ilha do Bananal (TO); e Modesta da Silva Carvalho, do povo Tukano do Alto Rio Negro (AM), durante a terceira reunião anual da Diretoria Institucional. Os/as convidados/as compartilharam suas experiências, suas lutas e a história dos seus povos.
Ariabo apresentou como o território para os povos indígenas tem um significado muito maior do que um simples espaço geográfico. Para ele, tem relação com sua própria identidade, tradição e cultura. “Para nós, território é vida. Lutamos pela vida”. E Ângela Kaxuyana trouxe dados sobre a diversidade da cultura indígena – “270 línguas indígenas são faladas no país” – e abordou sobre os processos de pressão e opressão sofridos pelos povos indígenas, que vão desde o período da colonização e ditadura militar até os tempos atuais de retrocessos de direitos.
Para dar continuidade à discussão, CESE e COIAB convidaram organizações parceiras, entidades da sociedade civil e agências que apoiam iniciativas e movimentos indígenas na Amazônia Brasileira, para também compartilhar suas experiências sobre trabalho com essas populações tradicionais e luta dos povos. Durante dois dias, os/as participantes desse Encontro de Parceiros afinaram processos, articularam apoios e identificaram desafios para auxiliar na execução do projeto CESE-COIAB de apoio a iniciativas indígenas de gestão territorial e ambiental na Amazônia e na proposta da COIAB de gerenciar um fundo indígena próprio.
Estiveram presentes no encontro: APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil; IEPÉ – Instituto de Pesquisa e Formação Indígena; CTI – Centro de Trabalho Indigenista; ISA – Instituto Socioambiental; IEB – Instituto Internacional de Educação do Brasil; ISPN – Instituto Sociedade, População e Natureza; CIMI – NORTE I – Conselho Indigenista Missionário; COMIN – Conselho de Missão entre povos Indígenas; FASE/ FUNDO DEMA – Federação dos Órgãos para Assistência Social e Educacional; CPI-AC – Comissão Pró-Índio do Acre, além de representantes da Fundação Ford, Embaixada da Noruega e TNC.