O Brasil registra uma denúncia de intolerância religiosa a cada 15 horas, e os adeptos de religiões de matriz africana estão entre os principais alvos. Segundo o último levantamento do Ministério dos Direitos Humanos, realizado há dois anos, umbanda e candomblé eram as religiões mais perseguidas no país (Fonte: Brasil de Fato). Há doze anos o dia de Combate à Intolerância Religiosa é celebrado no dia 21 de Janeiro.
Para marcar a data, o Grupo de Atuação Especial de Defesa dos Direitos Humanos (MP/BA), com o apoio da CESE e de KOINONIA, realizou uma CARAVANA AFIRMATIVA DA LIBERDADE RELIGIOSA em Salvador/BA.
A Concentração aconteceu na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. De lá, caminharam até a Catedral Basílica de Salvador, onde aconteceu uma celebração interreligiosa pelo fim da intolerância, do ódio religioso e pela solidariedade entre os/as adeptos/as de diferentes confissões de fé.
O evento reuniu dezenas de pessoas, com a presença de representantes do Protestantismo, Candomblecismo, Catolicismo, Hare Krishna, Islamismo, Espiritismo entre outras.
“É preciso que nós, cristãos e cristãs que são contrários/as a essas práticas de ódio, tenhamos coragem de nos expor, de aparecer publicamente e falar sobre este assunto”, afirmou a Pastora Presbiteriana e diretora executiva da CESE, Sônia Mota.
”Estamos aqui para compartilhar nossa fé, de forma igualitária, numa sociedade onde caibam todas as pessoas de diferentes expressões que não nos separe, ao contrário, nos una. Precisamos afirmar cada dia mais a liberdade e a diversidade religiosa. Por isso é importante refletir nesse dia 21 e lutar todo o dia contra o ódio, contra o racismo e a intolerância em nosso país”, afirmou Ana Gualberto, de Koinonia.
A atividade fez parte da Semana Afirmativa da Liberdade Religiosa na Bahia, que conta com vasta programação até a próxima sexta,25. Confira abaixo as demais atividades da semana: