- Home
- Notícias
- Ajuda emergencial chega a Maxacalis, indígenas que tinham benefícios sociais desviados em MG
<a href="https://www.cese.org.br/ajuda-emergencial-chega-a-macaxalis-indigenas-que-tinham-beneficios-sociais-desviados-em-mg/"><strong>Ajuda emergencial chega a Maxacalis, indígenas que tinham benefícios sociais desviados em MG</strong></a>
01 de setembro de 2020
Na última semana de agosto, o Brasil está prestes a atingir a marca dos 120 mil mortos em decorrência do coronavírus. As populações mais empobrecidas e vulnerabilizadas, como os povos originários, vêm sentindo, cada vez mais, os impactos da crise sanitária e política. Em seu último levantamento (27-08), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil registrou a morte de 737 indígenas e contaminação de 28.093 guerreiros e guerreiras de 156 povos.
No Estado de Minas Gerais, especificamente na região de Teófilo Otoni, a preocupação dos indígenas com sua sobrevivência não é diferente. Assim, como seus parentes de outras regiões, os Maxacali têm sofrido os efeitos múltiplos da pandemia, associados às diversas e crescentes violações de direitos contra esses povos.
Esta etnia, em especial, é alvo há anos de ações criminosas e racistas. No início de agosto, foi desarticulada uma quadrilha de comerciantes e políticos da região, acusada de desviar o dinheiro de benefícios sociais destinados a indígenas. Há cerca de oito anos, os Maxacali têm tido seus cartões retidos pelos comércios locais ou obrigados a comprarem produtos a preços exorbitantes – e, caso se recusassem, eram ameaçados de agressão física.

Diante dessa complexidade de violações, a Cáritas Diocesana de Teófilo Otoni articulou uma ação para tentar reduzir os efeitos da pandemia na realidade desses povos. Com apoio da CESE, a organização doou 341 cestas básicas nos meses de abril a junho, beneficiando mais de 1.300 Maxacalis que residem na região do Vale do Mucuri.
Para Deliene Fracete Gutierrez, presidente da Cáritas de Teófilo Otoni, a iniciativa, que contou com o apoio da Pastoral Indigenista, foi fundamental nesse momento de isolamento social e de cortes de benefícios. Ela destaca que o povo Maxacalis é a população indígena mais numerosa da região e também a que mais precisa de ajuda: “as famílias indígenas são muito carentes e estão passando por necessidades”.
A ação realizada pela Cáritas Diocesana de Teófilo Otoni integra a Campanha É Tempo de Cuidar, organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira. Conheça: https://caritas.org.br/noticias/cnbb-e-caritas-brasileira-lancam-acao-solidaria-emergencial-da-igreja-no-brasil?fbclid=IwAR1sMKYEJ15c2QVnRA7TPVZvaIMTzgOZwL1sBFl_5qYT-eEeJtPGaa1QIDQ
A iniciativa busca estimular a solidariedade por meio de gestos concretos, como a arrecadação de alimentos, produtos de higiene e limpeza. Além de levar ajuda material às pessoas, a Campanha também busca promover o cuidado no campo religioso, humano e emocional.
(Com informações da Caritas de Teófilo Otoni)
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Conheço a CESE desde 1990, através da Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE) no apoio a grupos de juventude e de mulheres. Nesse sentido, foi uma organização absolutamente importante. E hoje, na função de diretor do Programa País da Heks no Brasil, poder apoiar os projetos da CESE é uma satisfação muito grande e um investimento que tenho certeza que é um dos melhores.
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.
Eu preciso de recursos para fazer a luta. Somos descendentes de grupos muito criativos, africanos e indígenas. Somos na maioria compostos por mulheres. E a formação em Mobilização de Recursos promovida pela CESE acaba nos dando autonomia, se assim compartilharmos dentro do nosso território.
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.
Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: COMUNHÃO! A CESE é uma Família. Repito: uma Família! Nos dois mandatos que estive como presidente da CESE pude experimentar a vivência fraterna e gostosa de uma equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé, histórias de vida, e tão unida pela harmonia criada pelo Espírito de Deus e pelo único desejo de SERVIR aos mais pobres e vulneráveis na conquista e defesa dos seus direitos fundamentais. Louvado seja Deus pelos 50 anos de COMUNHÃO e SERVIÇO da CESE! Gratidão por tudo e para sempre!
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
A família CESE também faz parte do movimento indígena. Compartilhamos das mesmas dores e alegrias, mas principalmente de uma mesma missão. É por um causa que estamos aqui. Fico muito feliz de poder compartilhar dessa emoção de conhecer essa equipe. Que venham mais 50 anos, mais pessoas comprometidas com esse espírito de igualdade, amor e fraternidade.
Viva os 50 anos da CESE. Viva o ecumenismo que a organização traz para frente e esse diálogo intereclesial. É um momento muito especial porque a CESE defende direitos e traz o sujeito para maior visibilidade.