CESE realiza encontro de atualização para formadores/as do Virando o Jogo com foco nas histórias como ferramenta pedagógica
“O que fica é o que significa.” A frase abriu o encontro de atualização do Curso de Formação de Formadores/as do Programa Virando o Jogo, realizado no dia 04 de setembro, em Salvador, e expressa o espírito do reencontro: uma oportunidade de reunir educadoras e educadores que concluíram o curso em 2024 para revisitar aprendizados, trocar experiências e experimentar novas ferramentas pedagógicas.
O encontro juntou formadores/as dos dois temas centrais do Virando o Jogo — Incidência Política e Mobilização de Recursos Locais — que, neste último ano, seguiram multiplicando formações e apoiando organizações populares e movimentos sociais em seus territórios.
histórias que ensinam
A formação foi conduzida por Viviane Hermida, formadora master do Virando o Jogo em Incidência Política, e pela professora e contadora de histórias Keu Apoema. A partir de narrativas como a fábula da “Árvore Florida” e “O Velho e a Parreira”, as educadoras trabalharam com dinâmicas de memória, criação coletiva e planejamento de sessão pedagógica, ressaltando a potência das histórias como recurso didático.
Essa metodologia, totalmente sintonizada com a Educação Popular e com o fazer da CESE nas formações, favorece a construção coletiva do conhecimento, valoriza as memórias individuais e a vivência das pessoas, e amplia a capacidade crítica dos grupos e coletivos que participam dos cursos.
Na parte da manhã, as pessoas participantes revisitaram lembranças da formação de 2024, partilharam suas trajetórias como educadores/as e exploraram o simbolismo presente nas narrativas tradicionais. À tarde, mergulharam em atividades práticas: planejaram sessões formativas dos cursos de Incidência e Mobilização de Recursos utilizando a contação de histórias como metodologia, exercitando o equilíbrio entre conteúdo, criatividade e intencionalidade pedagógica.
Reencontros e novos aprendizados
Para Lucyvanda Moura, assessora de Projetos e Formação da CESE, master trainer e coordenadora do Programa Virando o Jogo no Brasil, o encontro foi um espaço para retomar aprendizados e perceber como o curso reverberou na prática de cada formador/a.
“Foi muito importante ouvir dos/as educadores/as como o aprendizado no curso foi aproveitado na prática educativa de cada pessoa. A atenção para a intencionalidade ao planejar um curso ou sessão; o uso de novas tecnologias e metodologias; o planejamento da mobilização de recursos para suas próprias organizações e a revisão de conteúdo de cursos já oferecidos foram alguns exemplos das contribuições.”
Segundo ela, a leveza e a ludicidade da metodologia possibilitaram resgatar memórias, despertar novas ideias e planejar formações de forma ainda mais estratégica.
O clima foi de reencontro, troca e renovação. Como resumiu a participante Maíse Silva, formadora em Incidência Política e integrante do Coletivo de Mulheres, Políticas Públicas e Sociedade (MUPPS):
“Gostaria de agradecer a todas e todos pelo dia excelente de aprendizado! Foi uma boa pausa no meio da agitação do dia a dia! Às formadoras pela condução e à equipe CESE pela preparação cuidadosa! As palavras são crescimento, conexão e renovação.”
Sobre o Virando o Jogo (Change the Game Academy)
A CESE é parceira da Fundação Wilde Ganzen desde 2007, por meio do apoio a projetos. Com a Aliança Change the Game Academy, já são 10 anos de parceria na área de formação em mobilização de recursos e incidência política. O objetivo é capacitar grupos populares e organizações da sociedade civil para ações de defesa de direitos e mudanças estruturais na sociedade, além de diversificar fontes de recursos para garantir a continuidade das lutas e a sustentabilidade de longo prazo das organizações.
