A crise climática e a lógica do lucro

O que a experiência do Movimento dos Atingidos por Barragens nos diz sobre os pós tragédias

Enchentes no Rio Grande do Sul / Foto: Francisco Proner – MAB

Famílias perderam tudo que construíram ao longo de anos. Falta de água potável, de comida e energia elétrica durante dias. Bairros, cidades e comunidades inteiras debaixo d’água. Vítimas. O cenário que se insurgiu no Rio Grande do Sul com as enchentes que atingem o estado desde o final de abril é desolador e mais de 2 milhões de pessoas se viram diante de um dos capítulos mais graves da crise climática no Brasil.

Mas um outro ponto também precisa estar em pauta no estado, agora olhando para o momento posterior à tragédia. Em parceria com o jornal Brasil de Fato, a CESE traz a experiência do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) para alertar sobre o risco de perda de direitos em momentos como o que vive o Rio Grande do Sul é grande, diante da lógica do capital, e a crise climática pode ganhar mais uma camada de violência nesse contexto.

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, a CESE reafirma o seu compromisso de enfrentamento às mudanças climáticas, sobretudo às suas causas. Nos último cinco anos, foram 77 iniciativas apoiadas que beneficiaram mais de 4,1 mil famílias e aproximadamente 10,4 mil mulheres, em um total de R$ 1.3 milhão destinados.