Desafios e avanços na luta das mulheres: um olhar sobre a conjuntura atual

O movimento feminista tem avançado em todo o mundo, mas enfrenta desafios significativos diante do fortalecimento da extrema-direita e da retirada de direitos historicamente conquistados pelas mulheres. No Brasil, políticas conservadoras e o enfraquecimento de mecanismos de proteção têm impactado diretamente a vida de mulheres negras, indígenas e de populações periféricas.

Para analisar esse cenário, a reportagem publicada pelo Brasil de Fato, em parceria com a CESE, ouviu a educadora do SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia e militante da Articulação de Mulheres Brasileiras e da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco (PE), Analba Brazão Teixeira, que denuncia a violência contra mulheres negras, inclusive nos espaços religiosos, e a antropóloga Braulina Baniwa, que alerta para o avanço do capital internacional sobre os territórios indígenas e os desafios enfrentados pelas mulheres indígenas na luta por direitos.

“Trump é uma ameaça para nós. No Brasil, o inominável está forte. Quem leva internet para os territórios indígenas? A Starlink de Elon Musk. Todos os governadores da Amazônia são de direita. O governador do Pará vendeu vários territórios para o mercado de carbono. O poder político da direita está forte”, analisa Braulina Baniwa, ressaltando como a conectividade e a presença de grandes corporações impactam diretamente os povos indígenas.

Já Analba Brazão Teixeira destaca a importância da organização coletiva como ferramenta de resistência. “O que precisamos fazer é nos organizar em movimento”, afirma. Braulina complementa: “A educação é o caminho”, reforçando a necessidade de formação para que as mulheres indígenas ocupem espaços de poder e decisão.

Apesar dos retrocessos e da violência política e social, as lideranças reafirmam a importância da luta feminista e indígena como um movimento de resistência e esperança.

A reportagem completa pode ser acessada no Brasil de Fato